Política e Resenha

A Trágica Reviravolta no Caso do assassinato da jovem Hyara Flor Santos Alves, de apenas 14 anos

Um ano após o chocante assassinato da jovem Hyara Flor Santos Alves, de apenas 14 anos, a trama envolvendo sua morte se desenrola como um verdadeiro thriller jurídico e policial em Guaratinga, extremo sul da Bahia. O caso, que inicialmente parecia ser um trágico acidente, revelou-se um complexo quebra-cabeça de vingança e encobrimentos, culminando em uma reviravolta surpreendente nas investigações.

Hyara, pertencente a uma comunidade cigana, foi morta a sangue frio com um disparo feito a meros 25 cm de distância, conforme apontou a perícia. No entanto, a história que emergiu após a investigação é ainda mais perturbadora: o marido de Hyara, um adolescente de 16 anos, foi recentemente indiciado pelo ato infracional análogo ao crime de feminicídio. A identificação de seu perfil genético na arma do crime, realizada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), trouxe um novo capítulo a este drama.

Este caso emblemático começou com uma conclusão controversa. Em agosto de 2023, um mês após a morte de Hyara, a Polícia Civil da Bahia encerrou o inquérito, afirmando que o disparo foi acidentalmente efetuado pelo cunhado de Hyara, uma criança de apenas 9 anos. Esta versão, sustentada pela família do marido da vítima, foi imediatamente contestada pelos familiares de Hyara, que alegaram que ela foi morta em um ato de vingança relacionado a um relacionamento extraconjugal envolvendo um tio da vítima e a sogra.

A divergência nas narrativas levou os familiares de Hyara a contratar um perito independente, cujo parecer desafiou a versão oficial da polícia. Este especialista concluiu que uma criança de 9 anos não teria força para disparar uma pistola calibre 380, contradizendo a alegação inicial.

A nova fase das investigações, impulsionada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em março deste ano, pediu análises adicionais dos laudos periciais. Como resultado, a Polícia Civil requereu a internação do marido de Hyara em uma unidade socioeducativa, medida necessária tanto para a conclusão da apuração quanto para garantir sua integridade física. No entanto, até agora, o adolescente não foi localizado, deixando um mandado de busca e apreensão em aberto.

A saga da morte de Hyara Flor expõe uma teia complexa de mentiras, poder e justiça que continua a intrigar e perturbar a comunidade de Guaratinga. À medida que as investigações avançam, a esperança é que a verdade finalmente venha à tona, trazendo paz à memória de Hyara e justiça aos responsáveis por sua morte.