No cenário de implementação da nova Carteira de Identidade Nacional (RG), a Bahia emerge como um dos estados que optaram por não aderir ao novo documento. Enquanto outros cinco estados – Ceará, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte – se unem aos 18 que já emitem a nova carteira, a Bahia permanece entre os quatro estados que resistem à mudança.
A decisão de não aderir à nova RG levanta questionamentos sobre as razões por trás dessa escolha, em meio a um contexto em que a maioria dos estados brasileiros busca implementar o documento atualizado. Com o prazo de adaptação estendido pelo governo até o próximo dia 11, a Bahia mantém sua posição junto a Amapá, Roraima e Pará como os únicos estados que ainda não aderiram.
Entre as mudanças promovidas pela nova carteira de identidade, destaca-se a manutenção da separação dos campos de nome de registro e nome social. Além disso, mesmo após o anúncio do governo no ano passado de que abandonaria a inclusão do campo destinado ao “sexo”, o novo RG mantém essa informação.
A divergência na adesão à nova carteira de identidade revela diferentes abordagens adotadas pelos estados brasileiros diante das mudanças propostas pelo governo federal. Enquanto a maioria busca a modernização do documento, a Bahia destaca-se como um estado que, por enquanto, opta por manter a versão anterior da carteira de identidade.
A discussão sobre a adesão à nova RG vai além das questões práticas e burocráticas, tocando em temas relacionados à autonomia estadual e à resistência a alterações que podem impactar a identidade documental. O desfecho desse cenário permanece incerto, e a Bahia se mantém como um ponto de destaque nessa complexa trama de decisões e adaptações no âmbito da identificação civil no Brasil.