Política e Resenha

Adeus ao Gênio Ney Latorraca: O Brasil Chora a Perda do Vampiro Vlad

O Brasil se despede nesta quinta-feira (26) de um dos maiores nomes da arte nacional. Ney Latorraca, ator e diretor consagrado, faleceu aos 80 anos no Rio de Janeiro, deixando um vazio irreparável no teatro, na televisão e no cinema. Ele estava internado desde 20 de dezembro na Clínica São Vicente, na Gávea, após complicações de um câncer de próstata que enfrentava desde 2019. A causa da morte foi uma sepse pulmonar.

Com uma trajetória marcada por personagens inesquecíveis, Ney foi um mestre em arrancar risos e lágrimas do público. De sua estreia na TV Globo, em 1975, na novela Escalada, até papéis memoráveis como o divertido Quequé em Rabo de Saia (1984), o excêntrico vampiro Vlad em Vamp (1991) e o hilariante Barbosa em TV Pirata, Latorraca transformou cada aparição em um espetáculo de talento e carisma.

Em 2019, Ney enfrentou a retirada da próstata após o diagnóstico de câncer. Apesar da cirurgia bem-sucedida, a doença retornou em agosto deste ano com metástase, comprometendo sua saúde. Nos últimos dias, o quadro se agravou, culminando na perda irreparável.

Ney deixa o marido, o também ator Edi Botelho, com quem compartilhou uma união de 30 anos. Juntos, foram exemplo de amor e parceria, rompendo barreiras e inspirando gerações.

A comoção pela partida de Ney Latorraca transcende o meio artístico. Nas redes sociais, fãs e colegas lamentam a perda de um ícone que marcou gerações com sua versatilidade, humor refinado e entrega absoluta aos palcos e telas.

“Perdemos um gigante da nossa cultura, mas o legado dele é eterno. Ney estará sempre entre nós, através de suas obras”, disse um emocionado Miguel Falabella, grande amigo e parceiro de cena.

O local e horário do velório ainda não foram divulgados, mas o mundo artístico e seus admiradores certamente prestarão homenagens à altura de sua grandeza. Ney Latorraca não foi apenas um artista: ele foi um símbolo de alegria, irreverência e dedicação ao ofício de encantar.

O Brasil chora a perda de um mestre, mas celebra o homem e a obra que jamais serão esquecidos. Que a cortina se feche com aplausos de pé para Ney Latorraca, o eterno Vlad, o inesquecível Quequé, e, acima de tudo, um gigante do nosso coração.