Política e Resenha

 ARTIGO – A Aceitação da Transitoriedade da Vida (Padre Carlos)

 

 

A aceitação é um processo doloroso, porém, necessário. Enfrentar nossas fragilidades, limitações e a inevitável mortalidade é um caminho repleto de batalhas internas. É um percurso onde cada um de nós, em algum momento, terá que se render à realidade de que a vida continua sem a nossa presença e que, eventualmente, seremos esquecidos.

Reconhecer nossa condição efêmera é um exercício de humildade. Adquirir essa consciência exige uma luta constante contra o orgulho e a prepotência que muitas vezes mascaram nossa verdadeira vulnerabilidade. Admitir que nada sabemos sobre o tempo e a eternidade é libertador, mas também aterrador, pois nos confronta com a vastidão do desconhecido.

Escrevemos tantas palavras, buscamos tantas explicações e gastamos tanto tempo tentando compreender este mundo e a vida que nele vivemos. Contudo, chega um ponto em que desistir de compreender o incompreensível e aceitar a nossa ignorância pode ser a única forma de alcançar a paz interior. Desistir não no sentido de abandono, mas de rendição àquilo que está além do nosso controle.

A natureza não faz distinção. Ela trata a todos com imparcialidade, independentemente de nossos desejos ou crenças. Livrar-se das armas do orgulho e da prepotência é abrir-se para a verdadeira aceitação da vida como ela é. É perceber que tudo é transitório e que as nossas preocupações e conquistas são temporárias, funcionando enquanto estamos aqui na Terra.

Essa reflexão nos conduz a um estado de aceitação serena. Compreender que a transitoriedade é uma parte essencial da existência nos permite viver de maneira mais plena, livre das ansiedades que surgem da tentativa de controlar o incontrolável. Essa aceitação pode nos encher de sabedoria, amor e uma luz interior que ilumina não apenas nossas vidas, mas também as daqueles ao nosso redor.

Que essa mensagem encontre um lugar profundo em seu coração, transformando-se em sabedoria e amor, permitindo que você brilhe com sua própria luz.