(Padre Carlos)
Há momentos em que um gesto simples ecoa como um grito coletivo. Ao levantar o telefone e ligar para o deputado estadual Fabrício Falcão, não falei apenas como cidadão. Falei como porta-voz de uma cidade que não aceita mais ser ignorada. Vitória da Conquista exige seu lugar de direito nas rotas do desenvolvimento.
É justo reconhecer o esforço do secretário de turismo da Bahia, Maurício Bacelar, pela articulação dos voos entre Salvador e Porto Seguro. Mas também é justo questionar: e Vitória da Conquista? Por que continuamos limitados a míseros três voos semanais para a capital, enquanto pulsamos como o coração do sudoeste baiano?
Somos mais que uma cidade. Somos uma centralidade que movimenta mais de dois milhões de vidas. Somos polo educacional, médico, comercial, cultural e logístico. Nosso aeroporto é moderno. Nossa demanda é real. Nosso silêncio, não.
A luta desse empresário-ativista que levanta a bandeira de Conquista não é individual. É o reflexo de um povo que já esperou demais. A Bahia precisa entender: quando Conquista avança, o estado inteiro ganha fôlego.
Está na hora de tirar o sulco do esquecimento de nossas asas. Vitória da Conquista merece decolar.