Um Ataque à Soberania e à Humanidade
Uma cena que fere a soberania e a dignidade humanas tomou conta das redes sociais no último sábado: brasileiros deportados dos Estados Unidos foram tratados como criminosos perigosos em solo nacional, algemados e acorrentados como animais. O episódio, ocorrido em Manaus durante uma escala técnica, revela não apenas a brutalidade da política migratória estadunidense sob Donald Trump, mas também expõe fraturas políticas internas no Brasil. Enquanto o governo Lula agiu para garantir tratamento digno aos cidadãos, setores da extrema direita brasileira — historicamente subservientes aos interesses norte-americanos — enfrentam um dilema: continuar bajulando Trump ou reconhecer o absurdo de ver compatriotas humilhados.
A Cena Repugnante: Brasileiros Acorrentados em Sua Própria Terra
O avião fretado pelo governo dos EUA transportava 88 brasileiros deportados quando fez uma parada em Manaus. Lá, as correntes nos pés e as algemas nas mãos chocaram até mesmo autoridades locais. A justificativa dos agentes estadunidenses? Um “procedimento padrão” para deportados. No entanto, é inaceitável que tais práticas desumanas sejam aplicadas em território brasileiro. A Polícia Federal interveio, retirando as algemas, enquanto o governo federal, sob comando de Lula, mobilizou um avião da FAB para garantir que os cidadãos chegassem a Belo Horizonte com respeito.
A mensagem por trás das correntes é clara: trata-se de uma encenação de poder, uma tentativa de afirmar superioridade sobre nações como o Brasil. Trump, que já normalizou discursos xenófobos, parece querer transformar a deportação em espetáculo de humilhação. O problema não é apenas a deportação em si — um ato legal, ainda que muitas vezes injusto —, mas a violência simbólica de tratar seres humanos como mercadoria perigosa.
A Hipocrisia da Extrema Direita Brasileira: Entre a Subserviência e o (Raro) Repúdio
O episódio escancarou a contradição da extrema direita brasileira. Bolsonaristas, que há anos cultuam Trump e defendem alinhamento incondicional aos EUA, viram-se divididos. Alguns, em raro momento de lucidez, repudiaram o tratamento dado aos deportados. Outros, porém, justificaram a ação estadunidense, criminalizando os repatriados — muitos deles, ironicamente, ex-apoiadores de Trump que agora são “chutados como animais” pelo ídolo.
A subserviência histórica desse grupo chega ao cúmulo: o próprio Bolsonaro, em gesto vergonhoso, já saudou a bandeira dos EUA como se fosse uma autoridade estrangeira. Agora, parte de sua base tenta equilibrar-se entre o nacionalismo de fachada e a adoração a um Trump que despreza até seus seguidores estrangeiros. É um retrato perfeito do complexo de vira-latas: enxergam os EUA como modelo, mas são vistos por lá como descartáveis.
O Silêncio dos “Defensores da Liberdade”
Enquanto isso, líderes globais da extrema direita aplaudem cenas como as de Manaus. Para eles, a desumanização de migrantes é um espetáculo útil, que alimenta narrativas de “lei e ordem”. No Brasil, políticos bolsonaristas que viajaram aos EUA para festejar a posse de Trump — em eventos pagos com dinheiro público — agora calam-se ou justificam o injustificável. Não há projeto de país nesse movimento, apenas ódio e obediência cega a um suposto “Ocidente” que nunca os aceitará como iguais.
A Resposta do Governo Lula: Soberania e Dignidade
A intervenção rápida do governo brasileiro merece destaque. Ao garantir que os cidadãos fossem transportados sem algemas pela FAB, Lula enviou um recado claro: o Brasil não tolerará violações a seus direitos soberanos. É uma postura necessária, especialmente após anos de submissão do governo anterior. O episódio também expõe a urgência de políticas migratórias que protejam brasileiros no exterior, combatendo abusos e garantindo repatriamentos dignos.
Conclusão: Um Brasil que Não Aceita Ser Colônia
O ocorrido em Manaus não é um incidente isolado. É um capítulo na luta global contra a desumanização de migrantes e a soberania dos países periféricos. Enquanto Trump e seus aliados internacionais tratam nações como o Brasil como quintal, cabe a nós reforçar que dignidade não é moeda de troca.
Aos bolsonaristas que ainda hesitam: não é possível ser “patriota” enquanto se aceita que compatriotas sejam acorrentados em sua própria terra. Aos progressistas, cabe lembrar que a luta por direitos humanos e soberania não é ideológica — é civilizatória.
Chamada Final: A Resistência Continua
Este episódio reforça a importância de estarmos unidos contra a humilhação internacional e a subserviência política. acompanhe os depoimentos de brasileiros que vivem sob a política migratória de Trump. A informação é a nossa arma. Juntos, podemos garantir que cenas como as de Manaus nunca se repitam.