(Padre Carlos)
As promessas eleitorais frequentemente carregam consigo a esperança de progresso, mas quando não são cumpridas, deixam um rastro de frustração e retrocesso. É o caso do atraso na construção da barragem de Catolé, que deveria trazer água para Vitória da Conquista, e do gasoduto, outro projeto prometido e nunca realizado. Nossos representantes no parlamento não podem se isentar da culpa por esses fracassos.
A barragem de Catolé não é apenas um empreendimento local; ela tem a missão crucial de fornecer água para Vitória da Conquista, uma cidade que enfrenta desafios hídricos cada vez maiores. A promessa de resolver o problema do abastecimento de água é antiga, mas a realidade é que a obra permanece paralisada, sem qualquer perspectiva clara de conclusão. Os parlamentares, que deveriam ser os principais defensores dessa causa, falharam em garantir os recursos e o suporte político necessários para que o projeto avançasse.
Além disso, o gasoduto, outra promessa que fez parte de campanhas eleitorais, parece ter se perdido no caminho. A infraestrutura que traria desenvolvimento econômico para a região ficou apenas no discurso. Nossos representantes no parlamento têm a obrigação de pressionar o governo estadual e federal, de garantir que essas promessas sejam cumpridas, mas, até agora, o que vemos é uma inércia preocupante.
A responsabilidade por esses atrasos não pode ser jogada apenas na conta da burocracia ou da falta de recursos. A falta de empenho político, de articulação e de fiscalização por parte dos nossos representantes é evidente. Eles têm a responsabilidade de ser a voz da região, de lutar pelos interesses de suas comunidades, mas a cada dia que passa, fica claro que essas promessas foram usadas apenas como moeda eleitoral.
A consequência dessa negligência é grave: Vitória da Conquista continua sofrendo com problemas no abastecimento de água, e o desenvolvimento econômico que o gasoduto traria não se concretizou. Enquanto isso, a população paga o preço da falta de compromisso dos seus representantes.
É preciso cobrar, com veemência, que esses parlamentares cumpram o papel para o qual foram eleitos. A população de Vitória da Conquista e de toda a região merece mais do que promessas vazias. Merece ação, responsabilidade e compromisso. E se os nossos representantes não se mostram à altura dessas demandas, cabe a nós lembrar, em cada eleição, que somos nós que decidimos quem nos representa. Não podemos mais aceitar o atraso como normalidade, nem permitir que promessas se tornem apenas pa