(Padre Carlos)
Hoje, 5 de maio, o Brasil celebra não apenas o aniversário de um homem, mas o legado de um verdadeiro apóstolo da paz: Divaldo Franco, que completa 98 anos de uma vida inteiramente dedicada à promoção do bem, da fé e da fraternidade entre os homens. Mesmo sendo católico e profundamente enraizado na tradição da minha Igreja, não posso — nem devo — ignorar a grandeza espiritual e humanitária de alguém que, à sua maneira, leva Deus no coração e O compartilha com o mundo através de ações concretas de amor.
Vivemos tempos de intolerância e sectarismo, em que se torna cada vez mais raro encontrar líderes religiosos que ultrapassam os limites da doutrina e alcançam a essência do Evangelho: o amor. Divaldo Franco é um desses poucos. Sua trajetória, marcada pelo trabalho junto aos mais necessitados através da Mansão do Caminho, é uma pregação silenciosa, porém poderosa, sobre o que significa verdadeiramente seguir Jesus.
O Espírito Santo sopra onde quer. E não cabe a nós limitar sua ação às fronteiras das nossas tradições religiosas. Divaldo, com sua palavra serena, com sua fidelidade à proposta de um mundo mais justo, e com sua incansável defesa da paz, tornou-se ponte entre corações, fé encarnada no cotidiano e profeta da esperança em tempos de dor.
Neste aniversário, não é apenas a comunidade espírita que tem motivos para celebrar. Todos nós, cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, ateus de boa vontade, podemos agradecer por sua existência. Pois um homem que vive para servir, independentemente do credo, é patrimônio da humanidade.
Parabéns, Divaldo Franco. Que sua luz continue iluminando caminhos. E que nós, mesmo em nossas diferenças, saibamos reconhecer onde habita o verdadeiro espírito de Deus.