O canto do urutau, para algumas culturas, é tido como um presságio sombrio, um aviso de perigo iminente. A analogia com esse pássaro noturno, cujo chamado ecoa entre as árvores da floresta, parece encontrar um eco estranho nos meandros da política local. Recentemente, um incidente trouxe à tona uma galeria pluvial que, desde os anos 60, jazia esquecida pelos olhares e cuidados do poder público. O rompimento dessa estrutura, próximo ao Shopping Popular, desencadeou acusações por parte de um pré-candidato, colocando em cheque a responsabilidade administrativa.
A prefeita Sheila Lemos, em viagem a Brasília, não tardou em responder às críticas. Em nota oficial, ela esclareceu que seu governo já estava ciente do problema e que medidas estavam sendo tomadas para reparar os danos. Sem alarde, sem festividades, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) mobilizou-se rapidamente. Em um prazo surpreendente de nove dias, a laje de concreto foi finalizada, garantindo a segurança e a estabilidade da estrutura comprometida.
Enquanto isso, onde estão os porta-vozes do urutau? Onde estão aqueles que, como os místicos do passado, pressagiam desgraças iminentes? Parece que o canto agourento desses críticos se dissipou no ar, sem eco ou substância diante da ação eficaz do governo municipal. Não houve espaço para lamentações vazias; em vez disso, a prefeitura agiu com seriedade e competência, priorizando a solução do problema em detrimento de disputas políticas estéreis.
É essencial refletir sobre o que esse episódio revela não apenas sobre a infraestrutura urbana, mas também sobre a responsabilidade e a capacidade de resposta de nossos líderes políticos. A administração pública, quando eficiente e comprometida, não necessita de profecias negativas para agir. Ela se antecipa aos problemas, enfrenta desafios e executa soluções sem alarde, guiada pelo interesse público e pela segurança da população.
Portanto, que este caso sirva não apenas como exemplo de gestão competente, mas como um lembrete de que os verdadeiros líderes são aqueles que respondem aos desafios com ações concretas, não se deixando abater por críticas infundadas ou por previsões sombrias. Enquanto os urutaus proclamam o infortúnio, é o trabalho diligente e discreto daqueles que governam que assegura um futuro melhor para nossa comunidade.