Você, querido leitor, que sempre sonhou em colocar um lustre de cristal Baccarat no banheiro, ou, quem sabe, uma estátua da liberdade tamanho família no jardim de casa, pode finalmente respirar aliviado! A Justiça brasileira acaba de reconhecer que a cafonice é um direito constitucional. E ninguém está mais contente com essa novidade do que Gusttavo Lima, o embaixador (da breguice, claro).
Sim, o sertanejo mais famoso do Brasil agora pode reivindicar, quando for preso (quem diria?), a construção de sua cela com toda a pompa e circunstância que ele merece: no estilo greco-goiano, uma mistura inusitada de colunas coríntias e chapéu de vaqueiro. Por quê? Porque o Brasil é o país das oportunidades, e não vamos limitar o bom gosto de ninguém, nem mesmo atrás das grades.
O cantor foi mencionado em investigações que também pegaram a influencer Deolane Bezerra, supostamente envolvida em um esquema de lavagem de dinheiro. Detalhe: a Justiça já apreendeu um avião e bloqueou 20 milhões de reais em nome de uma empresa do artista. O que é isso perto de um trono de mármore no meio do sertão?
Agora, imagine a cela do Gusttavo Lima: um cenário digno de um clipe de sertanejo raiz, com uma fachada imponente e, claro, aquele toque de neon que não pode faltar. Será quase um monumento, com direito a cercadinho de cavalos holográficos e uma mesa para negociar contratos enquanto espera pela próxima visita. Afinal, quem disse que a vida de preso não pode ser instagramável?
A Justiça, que não é boba nem nada, já está no processo de tornar essas celas uma realidade. E o arquiteto? Ah, só podia ser ele: o mesmo que desenha as lojas da Havan, famoso por seus projetos de mau gosto refinado. Com ele, podemos ter certeza de que cada cela será única, com detalhes que só alguém com um profundo senso de ironia visual poderia conceber. A preservação do “direito à cafonice” está assegurada!
Sabe aquela ideia de que todos são iguais perante a lei? Pois é, mas agora com a adição de que o bom gosto, ou a total ausência dele, também será levado em consideração. Se você pode encher sua casa de ouro reluzente e fontes que jorram espumante, por que não levar esse luxo para a cela também?
O mais divertido de tudo é imaginar a visitação. Com as celas personalizadas, Deolane, Gusttavo e companhia podem até receber visitas ao estilo ‘tour’ de mansão sertaneja. Só faltaria o detalhe de incluir uma lojinha no final da visita, para vender réplicas em miniatura das obras-primas arquitetônicas goianas.
No final das contas, o direito à cafonice não é apenas uma vitória de Gusttavo Lima e seus comparsas, mas de todo brasileiro que luta para ser fiel ao seu estilo, não importa onde esteja – seja em casa, no avião particular, ou na cadeia. Viva o Brasil, o país da liberdade estética!