Política e Resenha

ARTIGO – R$ 1,5 Milhão para a Saúde: Ação de Leur Lomanto Jr. Agita Cenário Político em Conquista (Padre Carlos)

 

 

Não é novidade que o Hospital Esaú Matos, em Vitória da Conquista, é um dos maiores desafios da administração municipal. A unidade de saúde, fundamental para a cidade e região, enfrenta constantemente dificuldades financeiras e estruturais que comprometem o atendimento à população. O problema, entretanto, não se restringe à gestão local. Ele é ampliado pela ausência de recursos direcionados por parte dos parlamentares que representam a cidade no Congresso Nacional.

É lamentável constatar que, enquanto se espera que os representantes locais tenham um olhar atento para as necessidades de seus participantes, alguns preferem adotar uma postura fria e estratégica, tratando a política como um jogo de poder. Um exemplo disso foi o comentário de um parlamentar, divulgado nas redes sociais, que considerou “natural” a omissão de emendas para a administração municipal. Em política, no entanto, não há espaço vazio: onde um se ausenta, outro ocupa rapidamente.

A destinação de uma emenda parlamentar de R$ 1,5 milhão para o Hospital Esaú Matos, articulada pelo ex-diretor da unidade e vereador eleito Diogo Azevedo, com o apoio do deputado federal Leur Lomanto Jr. disso. Ao atender ao pedido de Diogo, Leur declarou que, mesmo de fora da política de base municipal, há interesse e sensibilidade para investir em áreas essenciais da cidade. Sua ação não apenas suprime uma lacuna deixada por outros, mas também revela o potencial de novas alianças políticas que podem moldar o futuro do Planalto da Conquista.

Ao destinar recursos para Esaú Matos, Leur Lomanto Jr. não apenas fortalece a unidade de saúde, mas também sinaliza aos moradores da cidade que seu compromisso vai além das linhas partidárias. Esse gesto político, articulado por um vereador recém-eleito, mostra que a generosidade e a capacidade de articulação podem ser o início de uma base sólida na cidade.

Essa postura contrasta com os parlamentares que preferem ignorar as demandas locais, adotando uma estratégia de isolamento que, na prática, contribui um pouco para o desenvolvimento da região. A ausência de emendas não prejudica apenas a administração atual; ela enfraquece a própria população, que depende de serviços essenciais como saúde, educação e infraestrutura.

Por outro lado, a ação de Leur e Diogo reflete um novo cenário que começa a se desenhar. Com uma dose de generosidade, sensibilidade e estratégia, políticas de fora podem conquistar espaço e confiança na cidade, especialmente quando mostrar resultados concretos. Para os gestores locais, fique o alerta: a ausência de apoio político pode abrir espaço para novas lideranças que, com ações pontuais, solidifiquem sua base e tracem o caminho para maior influência.

Vitória da Conquista precisa de políticas que compreendam o peso de suas responsabilidades e que se dediquem, acima de tudo, à população que os elegeu. Uma cidade não deve ser protegida como peça de jogo ou moeda de troca, mas como o lar de milhares de pessoas que esperam saúde de qualidade, segurança e respeito.

O gesto de Leur Lomanto Jr., motivado por um pedido de Diogo Azevedo, deve ser visto como um exemplo positivo, mas também como um recado claro: o Planalto de Conquista tem espaço para quem trabalha e entrega resultados. A política, afinal, é feita por quem ocupa os espaços deixados pelos outros – e, neste caso, por quem vê a solidariedade como uma ferramenta de transformação.