(Padre Carlos)
Fazer amizade sincera nos tempos atuais, imersos no mundo virtual, realmente se tornou um desafio. A conexão constante com dispositivos eletrônicos afasta as pessoas, privando-nos de conversas e encontros genuínos, que experimentam o “calor humano”. Infelizmente, muitas amizades parecem basear-se em vantagens financeiras ou políticas, avaliando o “ter” em vez do “ser”.
No entanto, é essencial lembrar das raras joias humanas, como o querido Paulo Pires, cuja ternura e generosidade transcendiam todas as esferas da vida. Seu legado como educador, músico, militante e artista nos recorda que a amizade verdadeira e a bondade genuína existem, mesmo em meio ao caos do mundo moderno.
A morte de Paulo Pires nos ensina que quando perdemos um amigo verdadeiro, parte de nós também se vai. É como se uma parte da humanidade se apagasse, mas, ao mesmo tempo, nos recorda da nossa própria humanidade e da importância de proteger as conexões autênticas que construímos ao longo da vida.
Assim, quando os sinos tocam em homenagem aos amigos que partiram, eles também ecoam por todos nós, relembrando a preciosa essência da humanidade que deve ser preservada. E, em um gesto de misericórdia divina, Paulo Pires encontrou seu lugar no Paraíso, pois todos somos pecadores, e sua memória permanecerá como um exemplo de amizade sincera e nutrição incondicional.
Que a partida de Paulo Pires seja uma lição para todos nós, para elevarmos as relações humanas verdadeiras em meio a um mundo cada vez mais conectado, mas muitas vezes desprovido de relações humanas. Descanse em paz, amigo Paulo, e obrigado por compartilhar sua bondade e amizade conosco.