Política e Resenha

ARTIGO – VCA Construtora: As Marcas do “Dia Único” Um Mês Depois

 

Por Padre Carlos

 

Um mês depois do “Dia Único”, promovido pela VCA Construtora, Vitória da Conquista ainda sente os ecos de um evento que rompeu os limites do setor imobiliário para se firmar como fenômeno econômico, cultural e social. E agora, com a confirmação de uma nova edição para setembro, cabe-nos refletir sobre os sentidos mais profundos desse tipo de iniciativa empresarial e sua força mobilizadora em nossa cidade.

No final de março, mais de 4 mil pessoas passaram pelo Centro de Convenções Divaldo Franco, num encontro que uniu corretores, investidores, lideranças comerciais e equipes de vendas. Mas foi muito mais que uma convenção empresarial. O lançamento da nova fase do UNI Residencial — agora em dez cidades do Brasil — mostrou que Vitória da Conquista não está mais apenas no mapa dos grandes empreendimentos: ela se tornou plataforma de expansão.

Mas o Dia Único não parou aí. Na Arena Miraflores, cerca de 15 mil pessoas foram ao show de Matheus e Kauan, transformando o que era um evento corporativo em um acontecimento cultural de massa. E isso não é irrelevante. Porque o capital pode ser frio, mas quando se envolve com as emoções populares, ele passa a operar também como agente simbólico — gerando pertencimento, identidade, autoestima urbana.

Esse modelo, onde o privado ativa o público, merece ser observado com atenção. Movimentou hotéis, restaurantes, salões, gráficas, agências, e uma cadeia inteira de serviços. O “Dia Único” virou “dias de impacto” na economia local.

Contudo, é preciso ir além da euforia. A pergunta que fica é: que tipo de cidade queremos construir com eventos assim? Se a resposta incluir desenvolvimento com inclusão, formação técnica, sustentabilidade urbana e acesso à moradia de qualidade, então que venham muitos outros Dias Únicos. Mas sempre com o compromisso de não apenas vender imóveis, e sim construir cidades melhores.

Em setembro, a promessa é de uma edição ainda maior. E cabe à sociedade civil, à imprensa e aos gestores públicos acompanhar, cobrar e colaborar para que essa grandeza também se converta em justiça urbana, participação cidadã e legado coletivo.