Vitória da Conquista está triste. A cidade, que nutria esperança diante de tantos esforços para a realização da Exposição Agropecuária, foi surpreendida com a decisão da diretoria da COOPMAC de não levar adiante o evento neste ano. A frustração é visível. Nos olhares, nas conversas, nos bastidores. O que era sonho de milhares virou lamento.
E não faltou empenho. Houve um verdadeiro pacto em torno da Exposição. Parlamentares da situação e da oposição colocaram diferenças de lado. As emendas vieram. O governo do Estado se somou à Prefeitura, que, sob a liderança da prefeita Sheila, se colocou à disposição e fez sua parte com responsabilidade. Era o momento de dar um passo adiante. Mas, por que não, Isaac?
A pergunta ecoa por todos os cantos da cidade: o que faltou, afinal? Se os recursos estavam assegurados, se os apoios políticos foram articulados, se a população estava disposta a prestigiar… onde foi que tudo desandou? Teria faltado vontade política? Ou um pouco de fé?
A Exposição não é apenas um evento. É um símbolo. Uma marca cultural e econômica de nossa terra. Ao não acontecer, deixa uma lacuna que vai além da agenda — é um sinal de que algo se quebrou. A decisão da COOPMAC, infelizmente, contraria o sentimento de uma cidade inteira.
Vitória da Conquista não merecia esse silêncio. Não depois de tanto esforço coletivo. Não depois de tanta mobilização. Que essa decepção sirva ao menos para refletirmos sobre o poder que cada decisão tem de afetar toda uma comunidade.