Política e Resenha

Assassino de Lycia Tinha Histórico Criminal: Quem Era Juan o Criminoso Conhecido que Tirou a Vida de Lycia

 

(Padre Carlos)

A notícia da morte de Lycia, uma jovem de 29 anos, no bairro Boa Vista, em Vitória da Conquista, é mais um doloroso exemplo de como a violência contra a mulher continua a ceifar vidas em nosso país. O autor do crime, Juan “Canelão”, de 27 anos, já era conhecido pelas autoridades, acumulando diversas passagens pela polícia. No entanto, isso não impediu que ele cometesse o ato bárbaro que tirou a vida de Lycia, num trágico episódio que nos faz refletir sobre a impunidade e a falência dos mecanismos de proteção à vida.

O feminicídio de Lycia ocorreu em plena luz do dia, dentro de um condomínio residencial, onde os dois envolvidos estavam discutindo. Em poucos minutos, o que parecia ser mais uma discussão acalorada tornou-se uma cena de horror, com tiros ecoando pelos corredores do prédio e deixando um rastro de sangue e dor. O corpo de Lycia, perfurado por vários projéteis, foi encontrado pela polícia, que também descobriu no apartamento uma grande quantidade de substâncias entorpecentes, embalagens para drogas, munições e outros objetos que sugerem um cenário de tráfico.

Este crime chocante, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, trazendo à tona manifestações de pesar e revolta, é uma dolorosa lembrança de que a violência contra a mulher continua a ser uma das maiores chagas de nossa sociedade. Mas este caso vai além do feminicídio. Ele expõe uma falha sistêmica na nossa justiça e segurança pública, que permite que indivíduos com um histórico criminal, como Juan, estejam em liberdade, prontos para cometer novas atrocidades.

É fundamental que as autoridades investiguem não apenas o crime em si, mas o tipo de envolvimento que existia entre Juan e Lycia, para entender melhor as circunstâncias que levaram a essa tragédia. Entretanto, é igualmente crucial que a sociedade como um todo se una em torno de uma questão maior: por que homens como Juan, com antecedentes criminais, continuam livres para representar uma ameaça constante à vida de mulheres como Lycia?

O feminicídio de Lycia não pode ser visto como um caso isolado, mas como parte de uma sequência trágica de violências que resultam da negligência, da impunidade e de uma cultura que, ainda hoje, permite que a vida da mulher seja desvalorizada e posta em risco. Cada morte como a de Lycia é um grito de alerta, que exige uma resposta firme e eficaz de todos nós — cidadãos, autoridades, legisladores e agentes de segurança.

O Brasil não pode mais tolerar que mulheres vivam sob a constante ameaça de violência. Precisamos fortalecer as políticas de proteção, melhorar os sistemas de justiça, e garantir que homens como Juan sejam impedidos de perpetuar a violência. Somente assim poderemos honrar a memória de Lycia e de tantas outras mulheres que perderam suas vidas por um sistema que falhou em protegê-las.