Em uma jogada de marketing político ardilosa, o ex-presidente Jair Bolsonaro tenta se apropriar da atenção global direcionada ao G20 para promover um show de força pessoal na Avenida Paulista no dia 25 de fevereiro. Uma escolha de dados, estrategicamente coincidente com a realização de eventos importantes do G20 em São Paulo, revela uma obsessão do ex-capitão com a autopromoção e a manipulação da opinião pública.
Bolsonaro, ávido por holofotes, calcula que a presença da mídia internacional na capital paulista para o G20 lhe fornecerá uma plataforma gratuita para propagar suas falácias e manter viva a chama da polarização política no país. A intenção é clara: transformar a manifestação em um espetáculo midiático, com imagens de uma lotada paulista de apoiadores, como munição para sua narrativa distorcida da realidade.
Um ato oportunista e egocêntrico:
Ao cooptar a agenda do G20 para seus próprios fins, Bolsonaro demonstra desrespeito pela seriedade e importância dos eventos internacionais que serão realizados em São Paulo. Sua atitude egocêntrica coloca em segundo plano os debates e agendas reais do G20, que visam discutir soluções para os desafios globais, e os transforma em mero panorama de fundo para seu show político pessoal.
Riscos à democracia e à imagem do Brasil:
A estratégia de Bolsonaro se apresentar como líder de um movimento popular contra o “establishment” é perigosa e pode ter graves consequências para a democracia brasileira. A mobilização de seus seguidores em um momento de grande atenção internacional pode ser utilizada para alimentar a narrativa de fraude nas eleições de 2022 e fomentar a desestabilização do país.
A imagem do Brasil no exterior também pode ser prejudicada pela manipulação da mídia internacional por parte de Bolsonaro. As cenas de um ato político polarizado e inflamado podem fortalecer estereótipos negativos sobre o país e comprometer sua confiança como uma democracia estável e confiável.
É hora de resistir à manipulação:
A sociedade brasileira precisa estar atenta aos riscos que a estratégia de Bolsonaro representa para a democracia e para a imagem do país. É fundamental repudiar a manipulação da mídia internacional e dos eventos do G20 para fins políticos pessoais.
O momento exige união em defesa da democracia, do respeito às instituições e da verdade. É hora de dizer basta à manipulação e ao populismo autoritário, e construir um futuro mais justo e próspero para o Brasil.
Autoria: Maria Clara Articulista do Política e Resenha