Em um movimento que estremece a política de Vitória da Conquista, a pré-candidata à prefeitura pelo MDB, Lúcia Rocha, foi intimada pela Justiça Eleitoral a retirar uma postagem da internet onde afirmava estar em primeiro lugar nas intenções de voto. A decisão veio após a constatação de que nem Rocha nem seu partido registraram qualquer pesquisa que comprovasse essa alegação, configurando um crime eleitoral.
A divulgação irresponsável de dados fictícios levantou preocupações sobre a integridade do processo eleitoral. A única pesquisa registrada oficialmente até o momento foi conduzida pelo site Bahia Notícias em parceria com o instituto Séculos Análise e Pesquisa. Este levantamento coloca a atual prefeita, Sheila Lemos, na liderança com 36,27% das intenções de voto, enquanto Lúcia Rocha aparece com 24,01%, um déficit significativo de mais de 12 pontos percentuais.
A pesquisa, realizada no final de março, apresenta uma margem de erro de 3,5%, reforçando ainda mais a discrepância entre a realidade e as afirmações da candidata do MDB. A Justiça Eleitoral, através do Juiz Wander Cleuber Oliveira Lopes da 41ª Zona Eleitoral, não apenas ordenou a remoção da postagem falsa, mas também impôs uma multa de 10 mil reais. Além disso, Rocha e seu partido estão proibidos de divulgar qualquer pesquisa não registrada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral.
A rapidez da ação judicial serve como um alerta para todos os candidatos sobre a seriedade com que a Justiça Eleitoral trata a desinformação. A tentativa de manipular a opinião pública através de falsas alegações é uma ameaça direta à democracia, e esta decisão judicial sublinha a importância de manter a transparência e a veracidade durante a campanha.
O episódio revela não só a fragilidade das estratégias de alguns candidatos, mas também a vigilância ativa das instituições em garantir uma eleição justa e baseada em fatos. Em tempos onde a disseminação de fake news pode facilmente influenciar o eleitorado, a atuação firme da Justiça é essencial para preservar a confiança pública no processo eleitoral.
O que resta saber agora é como Lúcia Rocha e o MDB irão reagir a essa sanção. A integridade de uma campanha política é fundamental para o sucesso nas urnas, e qualquer desvio da verdade pode ter consequências devastadoras. A população de Vitória da Conquista merece uma eleição limpa e honesta, onde as decisões são tomadas com base em informações precisas e confiáveis.