Na última terça-feira (14), uma operação da Companhia Independente de Polícia Rodoviária resultou na apreensão de uma carreta carregada com cigarros sem nota fiscal, que trafegava pela BR-030, em Brumado. O destino da carga seria a Delegacia da Receita Federal em Vitória da Conquista, mas o desfecho tomou um rumo inesperado quando o veículo tombou em um trecho sinuoso da Serra do Engano, na BA-262, próximo ao município de Anagé.
O motorista, que sofreu ferimentos no acidente, foi socorrido às pressas ao Hospital Municipal de Anagé. Enquanto isso, a carga de cigarros foi transbordada sob forte escolta policial e entregue à Receita Federal. O condutor, após receber atendimento médico, foi encaminhado à sede da Polícia Federal, onde responderá por crimes de contrabando e transporte de mercadorias sem documentação fiscal.
O caso levantou suspeitas sobre a rota utilizada para o transporte de produtos ilegais na região. A BR-030 e a BA-262, conhecidas por seu fluxo intenso de caminhões, tornaram-se pontos estratégicos para ações criminosas envolvendo contrabando e transporte irregular de mercadorias. Segundo fontes próximas à investigação, o motorista deverá ser submetido às medidas legais cabíveis, e a origem da carga ilícita está sob apuração.
A Serra do Engano, local onde o tombamento ocorreu, é famosa por seu traçado perigoso, exigindo atenção redobrada dos condutores. No entanto, as autoridades não descartam a hipótese de falha humana, possivelmente provocada pela pressa em transportar a carga ilegal sem levantar suspeitas.
Esse incidente não apenas revela mais uma tentativa frustrada de burlar a fiscalização, mas também reforça a importância de operações contínuas para coibir o contrabando na região. Enquanto o motorista aguarda os desdobramentos legais, a Receita Federal deve intensificar a investigação sobre a cadeia responsável pela circulação dos cigarros contrabandeados.
A apreensão, que já figura como uma das maiores do ano, traz à tona a vulnerabilidade das rodovias do sudoeste baiano frente ao transporte de produtos ilegais e reacende o debate sobre a necessidade de reforço policial em áreas críticas.
