Na noite da última sexta-feira (25), Vitória da Conquista presenciou mais um capítulo da preocupante rotina de assaltos e furtos que têm assolado o comércio do centro da cidade. O episódio mais recente mostra a ousadia crescente dos criminosos: mesmo com a loja já fechada e as portas abaixadas, um homem entrou sem hesitação e, em um movimento rápido, saiu com uma caixa de som em mãos, sob o olhar incrédulo do comerciante e das câmeras de segurança. A ação foi direta, com o criminoso agindo como se cumprimentasse alguém antes de correr com o produto.
Cenas como essa têm se tornado uma constante, deixando comerciantes e clientes em estado de alerta. A falta de segurança afeta diretamente o clima no centro da cidade, uma área que historicamente sempre foi movimentada e considerada ponto de comércio seguro. Agora, com uma sequência de arrombamentos e furtos até durante horários de maior movimento, cresce a sensação de vulnerabilidade entre os lojistas.
A audácia dos infratores se destaca: parecem não se preocupar com a presença de pessoas, câmeras ou até mesmo com as consequências de suas ações. Para os comerciantes, o sentimento de indignação é reforçado pela ausência de ações preventivas eficazes. Muitos consideram que os assaltos são realizados com um ar de impunidade que não se via há anos, elevando a urgência de uma resposta das autoridades.
A situação levanta um debate sobre a efetividade das políticas de segurança pública na região. Medidas como o aumento do policiamento e a implementação de rondas ostensivas poderiam ajudar a conter a frequência de ocorrências no centro. No entanto, enquanto nenhuma ação concreta é tomada, comerciantes e a população seguem convivendo com um clima de insegurança, e o centro de Vitória da Conquista, antes um espaço de confiança para negócios e lazer, vai gradualmente se tornando um território hostil.
