Senhoras e senhores,
Hoje, somos convocados a testemunhar um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade, onde a voz da justiça clama por ser ouvida, onde a empatia se torna a força motriz para a mudança. Estamos diante de um crime colossal que não pode ser ignorado, tolerado ou justificado: o massacre perpetrado pelo Estado de Israel contra o povo palestino.
Mais de 2 mil vidas ceifadas, a maioria delas inocentes, a maioria delas crianças. Um massacre que vai além da destruição física, atingindo a infraestrutura, a economia, a saúde, a educação, a cultura e a esperança de um povo já oprimido por décadas de ocupação. Uma ação que desrespeita todas as leis internacionais, desafia princípios morais e aniquila valores humanos.
Diante dessa barbárie, não podemos ser coniventes em nosso silêncio. Não podemos fechar os olhos para a covardia que se desenrola diante de nós. Não podemos nos omitir diante dos crimes de guerra que mancham a consciência da humanidade. A denúncia, o protesto, a resistência tornam-se imperativos.
É vital reconhecer que o mundo testemunha as ações de Israel como injustas, desproporcionais e ilegítimas. Israel não pode reivindicar a terra, alegar autodefesa, ou posar de vítima. Israel é o agressor, o opressor, o violador. Israel é responsável pelo sofrimento, pela miséria, pela morte do povo palestino.
A tragédia em Gaza atinge níveis inimagináveis. A cada 10 minutos, uma criança sucumbe aos bombardeios israelenses. Famílias são destroçadas, casas demolidas, sonhos sepultados. A cada 10 minutos, uma parte da humanidade se perde.
Este é o momento de agir, de exigir o fim imediato da agressão israelense, o término do bloqueio a Gaza e o fim da ocupação da Palestina. Apoiar a luta do povo palestino por autodeterminação, liberdade e dignidade é imperativo. Reconhecer o Estado da Palestina como membro pleno da comunidade internacional, com as fronteiras de 1967 e Jerusalém Oriental como sua capital, é uma obrigação moral.
Senhoras e senhores,
Este é um momento de escolha, de optar entre o certo e o errado, a paz e a guerra, a vida e a morte. Um momento que clama por consciência, urgência e responsabilidade. É um momento que nos convoca à humanidade, à empatia, à mobilização. Não podemos nos calar, nos render ou esquecer.
Este é o momento da justiça, para o povo palestino, o povo israelense e o mundo.
Muito obrigado.
Padre Carlos