Política e Resenha

Cigano Ferido em Tragédia do Pé de Galinha Deixa o Hospital; Autor dos Disparos Continua Foragido

O sobrevivente do ataque que abalou a comunidade cigana de Vitória da Conquista recebeu alta do Hospital Geral na última quarta-feira (20). Após dias internado, o homem, cuja identidade não foi revelada, foi liberado a pedido da família. O episódio deixou dois mortos e um ferido em um ataque ocorrido no povoado do Pé de Galinha, na última terça-feira (19).

Joel Silva Lima e Bruno Silva Lima morreram no local, vítimas de disparos que, segundo testemunhas, foram motivados por uma briga inusitada: uma discussão sobre uma live no TikTok. O grupo teria se irritado com a gravação e a situação rapidamente escalou, culminando em um tiroteio.

O autor dos disparos já foi identificado, mas permanece foragido. Após o crime, ele fugiu em direção ao distrito do Iguá e até o momento não foi localizado. A polícia continua em busca de pistas que levem à sua captura, enquanto a comunidade do Pé de Galinha vive dias de tensão e insegurança.

A tragédia expõe mais uma vez a complexidade das relações sociais dentro das comunidades ciganas e o impacto das redes sociais em contextos de alta sensibilidade. Discussões banais, como a realizada durante a live, podem rapidamente se transformar em conflitos graves, especialmente em ambientes marcados pela presença de armas de fogo.

A Delegacia de Homicídios segue investigando o caso. Para a família das vítimas, a dor é dupla: de um lado, a perda irreparável de dois entes queridos; do outro, a angústia da impunidade enquanto o responsável pelo ataque segue em liberdade.

Este caso reforça a necessidade de um debate mais amplo sobre desarmamento, convivência social e o uso consciente das redes sociais, que podem ser ferramentas de conexão, mas, em situações extremas, acabam se tornando gatilhos para tragédias.

A comunidade espera justiça, enquanto o sobrevivente tenta recomeçar sua vida após escapar, por pouco, de uma das maiores tragédias registradas no local.