Na próxima terça-feira (23), o coração de Vitória da Conquista vai pulsar mais forte com a força de uma mobilização que promete marcar a história recente da cidade. A 2ª Marcha Municipal em Defesa da Educação, organizada pelo Sindicato do Magistério Municipal Público (Simmp), reunirá professores, estudantes, movimentos sociais e toda a população num grande ato em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade.
A concentração está marcada para as 8h30, na Praça Barão do Rio Branco, e o movimento integra a 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
PARALISAÇÃO TOTAL: PROFESSORES PARARÃO NOS TRÊS TURNOS
Em sintonia com protestos que acontecerão em todo o Brasil, Vitória da Conquista será palco de uma grande paralisação docente nos turnos matutino, vespertino e noturno, num claro recado à gestão municipal e à sociedade: sem valorização da educação, não há futuro!
A marcha levanta bandeiras urgentes:
- Cumprimento da Lei do Piso do Magistério com reajuste de 6,27% já em janeiro
- Recomposição do Plano de Carreira e devolução dos 13,25% suprimidos
- Pagamento integral da Regência de Classe (10% e 20%)
- Melhoria da infraestrutura escolar
- Fim da escala 6×1, que adoece os educadores
- Defesa da liberdade pedagógica contra o projeto “Escola Sem Partido”
UM ATO, MUITAS VOZES
Diferente de um protesto silencioso, a Marcha será um espaço democrático e aberto à fala popular. Educadores, estudantes, pais e cidadãos poderão usar o microfone para denunciar, propor e sonhar em voz alta. O centro da cidade será tomado por palavras, cartazes e esperanças — tudo por uma educação que forma cidadãos críticos e livres.
UM ALERTA À PREFEITURA: O POVO NÃO VAI SE CALAR
A Campanha Salarial 2025 do Simmp encontrou resistência da administração municipal, que insiste em adiar o reajuste legal do piso. A marcha desta terça é, também, um grito por respeito e diálogo, que pode se transformar em novas ações caso as pautas não avancem.
Em uma cidade que se orgulha de sua tradição acadêmica e cultural, ignorar a voz dos professores é um erro estratégico. O chamado está feito: “Quando a escola pública chama, o povo responde.” Resta saber se o poder público ouvirá esse coro.
Vitória da Conquista será palco de uma lição de cidadania — e, dessa vez, quem ensina é quem resiste.