Dois anos de angústia e incerteza. É assim que a família de Marlúcia Ribeiro Costa, de 45 anos, descreve o tormento que vive desde que o corpo da mulher foi brutalmente assassinado e levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Vitória da Conquista. Mesmo após tanto tempo, o corpo ainda não foi liberado para o funeral, mergulhando os parentes em uma espera insuportável.
A morte de Marlúcia foi marcada por uma violência extrema. O assassino não só tirou sua vida, mas utilizou uma picareta para cometer o crime e, em um ato de brutalidade incompreensível, arrancou sua cabeça, que jamais foi encontrada. A cidade foi abalada pelo crime, mas o silêncio que se seguiu foi ainda mais perturbador.
Zélia Costa, mãe de Marlúcia, expressa a dor de não poder enterrar sua filha dignamente. “É muito doloroso”, afirma com os olhos marejados, tentando encontrar algum conforto em meio ao desespero. Cada dia que passa sem respostas é uma tortura para Zélia e para os outros familiares, que se sentem presos em um pesadelo interminável.
O Departamento de Polícia Técnica de Vitória da Conquista, responsável por conduzir os exames necessários, divulgou que os procedimentos de análise devem ser concluídos até o próximo dia 16 de agosto. Para a família, a espera por esse dia é carregada de ansiedade e esperança. Mas, a questão que paira no ar é: será que essa data trará algum alívio ou apenas prolongará a agonia?
Até lá, Vitória da Conquista vive a expectativa de ver o fim de um dos casos mais macabros e misteriosos da sua história recente, enquanto a família aguarda, entre lágrimas e orações, a chance de dizer um último adeus à sua ente querida.