Na manhã desta quarta-feira (4), o temido “Cruzamento da Morte”, no acesso ao Distrito Industrial dos Imborés, em Vitória da Conquista, foi palco de mais um acidente envolvendo duas carretas. Apesar da gravidade da colisão, felizmente, não houve vítimas fatais ou feridos graves desta vez. Contudo, o incidente reacende a discussão sobre a periculosidade do local, que há anos é marcado por tragédias no trânsito.
Esse cruzamento, que carrega sua sombria alcunha, acumula um histórico de ocorrências fatais e graves. Em maio deste ano, uma colisão envolvendo uma motocicleta e um caminhão tirou a vida de um passageiro e deixou o condutor em estado crítico. Já em novembro, um carro capotou no mesmo trecho, evidenciando mais uma vez os riscos que motoristas enfrentam ao passar por ali.
Para quem transita pela área, o medo é constante. “A gente nunca sabe o que pode acontecer. Todo mundo tem história pra contar desse cruzamento. É um perigo!”, comenta José da Silva, caminhoneiro que frequentemente precisa passar pelo local.
Motoristas e moradores da região clamam por medidas urgentes para evitar novos acidentes. Entre as reivindicações mais recorrentes estão a instalação de redutores de velocidade, melhorias na sinalização e até a construção de um viaduto.
“Não é só um problema de imprudência dos condutores. A estrutura do cruzamento é falha, confusa, e o fluxo de veículos pesados torna tudo mais perigoso”, avalia a engenheira de trânsito Luciana Freitas, que acompanha o caso há anos.
A ausência de providências concretas por parte das autoridades frustra a comunidade local. Enquanto isso, o “Cruzamento da Morte” segue como uma armadilha à espera de novas vítimas. Até quando?
A população aguarda respostas e, mais importante, soluções. Afinal, a prevenção pode ser a diferença entre vidas salvas e tragédias anunciadas.