A Bahia, terra de encantos e contrastes, hoje se vê diante de um desafio que aflige suas cidades e atormenta seus cidadãos: a proliferação da Dengue. O anúncio do Governo Estadual sobre o uso do fumacê em novos municípios traz à tona um debate crucial: estamos realmente combatendo a raiz do problema ou apenas aliviando os sintomas?
Wanderley, Lajedão e Morro do Chapéu, juntamente com outras sete localidades, agora recebem o “fumacê” como uma medida emergencial. Contudo, essa estratégia, embora possa reduzir temporariamente a população de mosquitos adultos, não resolve a questão fundamental: a proliferação dos criadouros do Aedes aegypti.
A secretária da Saúde, Roberta Santana, ressalta a importância de outros métodos de controle de vetores, como a eliminação de criadouros e a educação da comunidade. Essas medidas preventivas devem preceder o uso do fumacê, que é apenas um recurso extremo quando todas as outras opções falham.
Os números alarmantes de casos de Dengue na Bahia exigem uma ação enérgica e coordenada. Com 7.355 casos registrados em pouco mais de um mês, e 23 municípios em estado de epidemia, é evidente que medidas paliativas não são suficientes. A Dengue não se combate apenas com inseticida, mas sim com informação, conscientização e ação coletiva.
Vitória da Conquista, minha cidade adotiva, está entre as localidades em alerta. Não podemos ficar passivos diante desse cenário. É fundamental que cada cidadão faça a sua parte, eliminando possíveis criadouros e mantendo ambientes limpos e livres de água parada.
O governo estadual, por sua vez, precisa investir não apenas em veículos de fumacê, mas também em programas educacionais e campanhas de conscientização. A prevenção é o melhor remédio, e isso só será alcançado com o engajamento de todos.
Portanto, é hora de questionarmos: estamos realmente combatendo a Dengue ou apenas combatendo os mosquitos adultos? O verdadeiro combate se dá no enfrentamento dos criadouros, na educação da população e na implementação de políticas públicas eficazes.
Chegou a hora de unirmos forças, cidadãos e governantes, para erradicar esse flagelo de nossa terra. A Dengue não pode vencer a Bahia. Juntos, somos mais fortes.