A BR-116, conhecida como uma das mais importantes rodovias do país, tem sido palco de uma série de tragédias que expõem não apenas a fragilidade da infraestrutura viária, mas também a negligência do governo estadual em garantir a segurança dos cidadãos que dependem dessa via.
Recentemente, uma sequência de acidentes tem assolado os motoristas que trafegam pela BR-116, deixando um rastro de destruição e caos. Desde carretas em chamas até ônibus tombados, os relatos são alarmantes e revelam a urgente necessidade de medidas efetivas por parte das autoridades competentes.
Na última quinta-feira, um incêndio em uma carreta cegonha interrompeu o fluxo de veículos próximo ao Atacadão, em um episódio que não só prejudicou a mobilidade, mas também resultou em danos materiais consideráveis. O Corpo de Bombeiros, mais uma vez, foi acionado para conter a situação, evidenciando a falta de planejamento para lidar com emergências desse tipo.
Não muito distante desse incidente, outro acidente grave ocorreu no quilômetro 861 da BR-116, envolvendo um ônibus interestadual e deixando nove pessoas feridas. O congestionamento resultante desse evento se somou aos problemas anteriores, exacerbando a situação caótica no trânsito local.
E como se não bastasse, um terceiro acidente, ocorrido nas proximidades da Lagoa de Zé Luís, reforça a triste realidade da rodovia, com uma carreta colidindo e deixando seu condutor preso às ferragens. É inaceitável que em pleno século XXI, com todos os avanços tecnológicos e conhecimentos disponíveis, ainda sejamos reféns de estradas mal conservadas e mal sinalizadas.
Diante desses fatos, fica evidente a falha do governo estadual em prover a devida infraestrutura e segurança para os usuários da BR-116. A falta de investimentos em manutenção, sinalização adequada e fiscalização eficiente contribui diretamente para esses desastres recorrentes, colocando em risco a vida de milhares de pessoas que transitam por essa via diariamente.
É hora de cobrar das autoridades responsáveis medidas concretas para resolver esse problema, antes que mais vidas sejam perdidas e mais famílias sejam afetadas. A população não pode mais esperar por soluções paliativas e discursos vazios. É preciso agir, e é preciso agir agora.
Maria Clara, articulista do Política e Resenha