Se existe um tabaréu inteligente neste mundo, esse, sem dúvida, é Ednaldo Rodrigues. Nascido e criado no Alto Maron, em Vitória da Conquista, ele é um símbolo de perseverança, inteligência e dedicação ao esporte. Como tantos outros meninos de sua época, poderia ter seguido um destino comum, mas a inquietação e o desejo de organização o levaram muito além.
Ainda garoto, com sua caderneta em mãos, organizava campeonatos de futebol como se já fosse um dirigente nato. Desde cedo, buscava a perfeição em tudo o que fazia, mostrando uma disciplina rara e uma paixão inabalável pelo futebol. Vitória da Conquista logo ficou pequena para ele. O talento administrativo o levou a buscar reconhecimento estadual, mas a Bahia também se revelou pequena para sua expertise e sabedoria.
O destino o colocou à frente da Federação Bahiana de Futebol, onde consolidou seu nome. Mas ainda não era o suficiente. O futebol brasileiro precisava de alguém como Ednaldo. As elites do esporte, acostumadas a figuras tradicionais e herdeiros de um sistema fechado, jamais aceitariam facilmente um menino da periferia, sem o DNA aristocrático dos bastidores da bola. Fizeram de tudo para tirá-lo do cargo. Tentaram deslegitimá-lo, desacreditá-lo, enfraquecê-lo. Mas Ednaldo resistiu, com a mesma firmeza de quem, desde menino, organizava campeonatos de rua e sonhava grande.
Agora, com a confirmação de que permanecerá à frente da CBF até 2030, Ednaldo Rodrigues se torna um dos mais longevos e influentes dirigentes do futebol brasileiro. Um orgulho para Vitória da Conquista, para a Bahia e para todos aqueles que sabem o que significa lutar contra um sistema que privilegia poucos.
Parabéns, Ednaldo! O Joia do Sertão te saúda, e nós, seus conterrâneos, estamos orgulhosos dos seus feitos. Você não é apenas um gestor, mas um símbolo de resistência e competência. O futebol brasileiro está em boas mãos.