Em um clima de profunda dor e comoção, dezenas de pessoas se reuniram para prestar as últimas homenagens às irmãs Eliane Miranda de Araújo, 41 anos, e Hiane Miranda, 37 anos, brutalmente assassinadas na última segunda-feira (21), dentro de uma loja de motocicletas em Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia. O crime, que abalou toda a comunidade, foi marcado por um desfecho ainda mais doloroso, quando a família decidiu que ambas seriam enterradas juntas, na mesma cova, como um simbólico ato de amor e união, representando a forte ligação que mantinham em vida.
O sepultamento, realizado na cidade de Medeiros Neto, atraiu dezenas de amigos e familiares, todos devastados pela perda precoce e trágica das irmãs. Lágrimas, orações e abraços apertados foram partilhados enquanto o cortejo se deslocava em silêncio. O gesto de enterrá-las juntas, além de simbólico, foi também uma forma de perpetuar o vínculo inquebrável que tinham, mesmo após uma separação tão cruel.
As investigações policiais apontam Felipe Milbratz Ferreira, ex-marido de Eliane, como o principal suspeito do duplo homicídio. Ele foi preso em flagrante logo após o ocorrido, e a arma, que supostamente teria sido utilizada no crime, foi apreendida. Contudo, Felipe nega qualquer envolvimento e declarou à imprensa: “Eu não fiz nada. Não tenho nada a ver com isso.”
Enquanto a investigação avança, a dor dos que ficaram é inegável. Tanto em Teixeira de Freitas quanto em Medeiros Neto, onde as irmãs eram muito queridas, a tragédia deixou um vazio impossível de preencher. O duplo assassinato, que destruiu uma família, reforça o grito de clamor por justiça em ambas as cidades.