Na madrugada desta sexta-feira (24), Caetité, no sudoeste da Bahia, amanheceu abalada por um crime brutal que chocou a comunidade local. Viviane Fraga Souza, de apenas 21 anos, foi morta a tiros por volta das 3h, na Travessa das Árvores, bairro Prisco Viana. O caso está sendo tratado como feminicídio pela Polícia Civil, e o principal suspeito é o companheiro da jovem, que está foragido.
De acordo com familiares de Viviane, a vítima vivia um relacionamento marcado por agressões constantes. Relatos indicam que a jovem sofria em silêncio, como tantas outras mulheres que enfrentam a violência doméstica sem denunciar, muitas vezes por medo ou falta de apoio. A tragédia, que agora ceifa a vida de Viviane, reacende o debate sobre a urgência de combater a violência contra mulheres e a necessidade de romper o ciclo de abusos.
A Polícia Militar, ao chegar ao local, isolou a cena do crime até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Após os procedimentos periciais, o corpo da jovem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Guanambi, onde passará por necropsia. Informações sobre o velório e o sepultamento ainda não foram divulgadas.
O suspeito, cuja identidade está sendo preservada pelas autoridades, encontra-se foragido, e uma força-tarefa foi iniciada para localizá-lo. A investigação, conduzida pela Polícia Civil, busca não apenas capturar o acusado, mas também esclarecer todos os detalhes do crime.
Um Grito de Alerta
O caso de Viviane Fraga Souza é mais um entre os inúmeros feminicídios que mancham o Brasil de sangue. Segundo dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de feminicídio a cada 6 horas no país. O drama de Viviane serve como um alerta urgente: é preciso denunciar sinais de violência antes que tragédias como essa se tornem irreversíveis.
A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Guanambi reforça a importância do canal 180, que oferece atendimento gratuito e confidencial para mulheres em situação de violência.
Enquanto o luto toma conta de Caetité, fica o apelo para que histórias como a de Viviane inspirem coragem em outras vítimas. Que sua morte não seja apenas mais um número nas estatísticas, mas um marco na luta contra o feminicídio e na busca por justiça.