Política e Resenha

Fraternidade: o caminho para a paz

O mundo em que vivemos está cada vez mais marcado por conflitos, violências, injustiças e desigualdades. A pandemia do coronavírus, que afetou a todos sem distinção, revelou ainda mais a fragilidade e a interdependência da família humana. Diante desse cenário, muitos se sentem desanimados, desesperançados e isolados. Mas há uma voz que nos convida a não perder a fé, a não ceder ao medo, a não desistir do sonho de um mundo melhor. Essa voz é a do Papa Francisco, o líder espiritual de mais de um bilhão de católicos e um dos maiores defensores da fraternidade universal.

Em seu magistério, o Papa Francisco nos propõe uma visão de uma humanidade unida pelo amor, pela solidariedade e pela compaixão. Ele nos ensina que somos todos irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai, criados à sua imagem e semelhança. Ele nos exorta a reconhecer o valor e a dignidade de cada pessoa, independentemente de sua origem, cultura, religião ou opinião. Ele nos encoraja a cultivar a amizade social, que é a capacidade de viver juntos, de cooperar, de dialogar, de perdoar e de servir uns aos outros.

Em sua última encíclica, Fratelli Tutti, o Papa Francisco nos oferece um roteiro para a construção de um mundo mais fraterno e pacífico. Ele nos mostra que a fraternidade não é uma utopia, mas uma realidade possível e necessária. Ele nos mostra que a paz não é apenas a ausência de guerra, mas a presença de justiça, de liberdade, de direitos e de desenvolvimento integral. Ele nos mostra que a fraternidade e a paz são frutos do amor, que é o dom supremo de Deus e o mandamento maior de Jesus Cristo.

Mas como podemos viver a fraternidade e a paz em um mundo tão complexo e desafiador? Como podemos superar as barreiras que nos separam e nos impedem de nos reconhecer como irmãos e irmãs? Como podemos testemunhar o amor de Deus em meio a tantas situações de sofrimento e de dor?

O Papa Francisco nos dá algumas pistas e sugestões. Ele nos convida a sair de nós mesmos e a ir ao encontro do outro, especialmente dos mais pobres, dos mais vulneráveis, dos mais excluídos. Ele nos convida a abrir nossos corações e nossas mentes, a escutar e a aprender com as diferentes culturas, tradições e sabedorias. Ele nos convida a promover o diálogo e o respeito, a buscar o bem comum e a cuidar da casa comum. Ele nos convida a ser instrumentos de reconciliação e de perdão, a semear a esperança e a alegria, a ser artesãos da paz e da fraternidade.

Este é o convite que o Papa Francisco nos faz. Este é o desafio que ele nos lança. Este é o caminho que ele nos aponta. Um caminho que não é fácil, mas que é possível. Um caminho que não é solitário, mas que é compartilhado. Um caminho que não é utópico, mas que é profético. Um caminho que não é opcional, mas que é essencial.

Um caminho que é o caminho de Jesus, o Príncipe da Paz, o Irmão de todos, o Amor encarnado.

Um caminho que a Igreja do Brasil abraçou e traz nesta Campanha da Fraternidade toda a sua visão de Reino de Deus, o caminho da fraternidade.