A partir da próxima quarta-feira (4), os baianos enfrentarão mais uma pancada no bolso com o novo reajuste no preço do gás de cozinha. O aumento, anunciado na última segunda-feira (2) pelo Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgas), será de aproximadamente R$ 7 nas principais revendedoras do estado. E não para por aí: esse reajuste será sentido em todo o território nacional, ampliando a insatisfação popular com a alta constante dos preços.
A origem do aumento, conforme o Sinrevgas, está em um repasse das refinarias, mais precisamente da Acelen, responsável pela Refinaria de Mataripe. A empresa confirmou em agosto um aumento de 2,8% no preço do GLP (gás de cozinha) para as distribuidoras, repasse que começou a vigorar a partir do último domingo (1).
Embora o Sindigás, entidade representativa das distribuidoras, tenha tentado minimizar a situação, alegando que não se manifesta sobre preços e que os valores são livres em toda a cadeia, o impacto para o consumidor é inevitável. A nota do sindicato ainda joga a responsabilidade para o consumidor, sugerindo que este pesquise a melhor oferta. Em tempos de crise econômica e salários achatados, essa orientação soa quase irônica, diante de um mercado cada vez mais homogêneo em seus preços elevados.
Este novo aumento traz à tona a sensação de abandono sentida por muitos baianos, que veem suas condições de vida deteriorando a cada dia. A inflação dos alimentos, o desemprego em alta e agora o gás de cozinha mais caro, compõem um cenário de dificuldades que o governo estadual parece ignorar. A gestão da Bahia tem sido omissa ao não buscar alternativas que amenizem os impactos dos aumentos sucessivos no custo de vida. Em vez de soluções, o que se vê é um jogo de empurra, onde os principais prejudicados são sempre os mesmos: o povo.
É hora de a administração estadual parar de tapar o sol com a peneira e enfrentar a realidade que consome os lares baianos. O aumento do gás de cozinha é mais um golpe na já fragilizada economia familiar, e não há espaço para promessas vazias. A população quer respostas e ações concretas, não meras justificativas. O cenário exige uma intervenção rápida e eficiente para que a espiral de aumento de preços não continue esmagando quem mais precisa.