A Operação que está sacudindo os bastidores do Governo Federal registrou um novo capítulo nesta sexta-feira (23). A Polícia Federal prendeu, em Vitória da Conquista, Bahia, um terceiro suspeito de envolvimento na audaciosa invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), responsável pelos pagamentos do Governo Federal. A prisão acontece dias após outros dois acusados serem detidos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
O esquema, que chocou as autoridades, começou a ser desvendado após a invasão registrada em abril deste ano. As investigações revelaram um furto de aproximadamente R$ 15 milhões e tentativas de desvio que poderiam ultrapassar a marca de R$ 50 milhões. Até o momento, apenas R$ 2,5 milhões foram recuperados, mas o impacto total estimado no sistema de pagamentos do governo pode chegar a R$ 65 milhões.
Com 19 mandados de busca e apreensão cumpridos em Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, a operação policial trouxe à tona um ataque que expôs fragilidades em um dos sistemas mais críticos da administração pública. A invasão permitiu que os criminosos acessassem o Siafi utilizando senhas reais de servidores públicos, comprometendo a integridade das finanças federais.
O Siafi, implantado em 1987, é a espinha dorsal do controle de gastos públicos no Brasil, abrangendo desde a execução orçamentária até o acompanhamento de recursos das autarquias e empresas públicas federais. O golpe coloca em xeque a segurança de um sistema vital, que há décadas garante a transparência e a responsabilidade fiscal do governo.
A detenção do terceiro suspeito em Vitória da Conquista é um duro golpe na quadrilha, mas as investigações continuam. A Polícia Federal segue rastreando os passos dos hackers, enquanto o governo trabalha para reforçar as barreiras de segurança do Siafi e evitar que novos ataques coloquem em risco bilhões dos cofres públicos.