Em um episódio que parece ter saído de um roteiro de ação, a tarde de segunda-feira na BR-116 em Vitória da Conquista foi palco de uma situação dramática: um caminhão frigorífico tombou, bloqueando parte da rodovia. A empresa proprietária da carga, ciente da possibilidade de saques, mobilizou seguranças para proteger o veículo enquanto aguardava o deslocamento e retirada do caminhão. A medida, no entanto, desencadeou uma revolta popular.
No local, a frustração tomou conta de alguns populares que, em um ato de protesto, atearam fogo nas imediações da rodovia, próximo ao caminhão tombado. A situação saiu do controle quando as chamas rapidamente se espalharam, atingindo o caminhão e toda a carga. Em meio ao caos, o Corpo de Bombeiros foi acionado com urgência, mas as tentativas de controle das chamas enfrentaram dificuldades, complicando ainda mais a situação.
O cenário já conturbado gerou um transtorno significativo ao fluxo de veículos, que passou a operar no sistema “siga e pare”, sob a supervisão da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O trânsito intenso e a lentidão aumentaram a tensão no local, e motoristas relataram filas e atrasos consideráveis enquanto os bombeiros lutavam contra o fogo.
A PRF iniciou a elaboração de um Laudo Pericial de Sinistro de Trânsito (LPST), essencial para a apuração dos danos e das causas do tombamento. Uma Comunicação de Ocorrência Policial será realizada para que a polícia judiciária investigue o incidente e os atos de vandalismo, incluindo o incêndio.
O episódio reflete não apenas a vulnerabilidade das operações de transporte, mas também o aumento da tensão social em torno de temas como segurança e acesso a bens.