Vitória da Conquista foi tomada pelo caos, com nuvens de fumaça dominando o céu e transformando a cidade em um cenário de destruição. Na tarde de ontem, quarta-feira (9), cinco grandes focos de incêndio foram registrados em diferentes áreas, desafiando os esforços das brigadas de incêndio e do Corpo de Bombeiros. Entre os locais atingidos estavam o antigo aeroporto, saída da Barra, Aterro Sanitário, Poço Escuro e o alto do Bruno Bacelar. A intensa onda de calor, somada à baixa umidade e ventos fortes, criou o cenário perfeito para que as chamas se alastrassem com velocidade assustadora.
Com o fogo à vista de todos, os moradores de Conquista não apenas observavam o avanço da destruição, mas também enfrentavam o impacto direto na qualidade do ar, agravando os problemas respiratórios, especialmente entre os mais vulneráveis.
As autoridades ambientais alertam para o fato de que, desde agosto, a cidade já registrou mais de 150 focos de incêndio, a maioria provocada pela ação humana. Para Ana Cláudia Passos, secretária de Meio Ambiente, a situação não é apenas uma tragédia para o meio ambiente, mas também para a saúde pública. “As queimadas matam animais, destroem vegetação e poluem o ar. Precisamos entender que, além dos danos ambientais, estamos falando de um risco para a vida das pessoas”, afirma.
Ontem, a ação coordenada das brigadas da Semma e dos bombeiros evitou que o desastre fosse ainda maior, mas o desafio persiste. Com dois caminhões-pipa e dez brigadistas em campo, o esforço para conter as chamas foi intenso e durou até a noite. As autoridades reforçam que provocar incêndios é crime ambiental, e pedem à população que denunciem qualquer atitude suspeita. Para prevenir novos focos, a Semma pede que a população colabore, evitando jogar bitucas de cigarro e lixo em terrenos baldios.
A cidade, agora marcada pela fumaça e pelos rastros de destruição, vive a incerteza de novos incêndios enquanto o calor extremo persiste.