Política e Resenha

LÚCIA ROCHA ENTRE DOIS MOINHOS

 

Prestem atenção, ouçam-me bem, pois a política é como uma dança, e em Vitória da Conquista, a dança eleitoral já começou a revelar seus passos. A vereadora Lúcia Rocha, corajosamente, lançou-se na pré-candidatura à prefeitura, enfrentando dois adversários de peso: o deputado Waldenor Pereira e a atual prefeita Sheila Lemos, em busca da reeleição. Como alertava Cartola, “o mundo é um moinho”, e na política, os sonhos são moídos pela máquina do poder.
Lúcia Rocha destaca-se por não possuir um grupo político consolidado, tampouco uma estrutura partidária robusta. Sua força reside no voto de opinião, um fenômeno que a coloca à frente de Waldenor Pereira nas pesquisas. Contudo, essa força é como uma marca fantasia, susceptível a ser diluída a qualquer momento. O mundo é, de fato, um moinho, e na campanha, a máquina de triturar sonhos está em pleno funcionamento.
A falta de musculatura política e de uma estrutura partidária evidencia a fragilidade da candidatura de Lúcia Rocha. Como bem pontuava Cartola, o mundo é um moinho que moerá sonhos e fantasias. O cenário eleitoral é dinâmico, e sem uma estrutura sólida, a pré-candidatura de Lúcia tende a se desidratar ao longo do tempo. Política não é apenas nome, é também estrutura partidária, é poder.
Enquanto isso, dois moinhos poderosos operam em Vitória da Conquista: a máquina estadual, representada por Waldenor Pereira, e a máquina municipal, sob o comando da prefeita Sheila Lemos. Ambas máquinas, ainda que não estejam a todo vapor, detêm cargos e influência. Lúcia Rocha, por sua vez, encontra-se entre esses moinhos, sem a mesma potência de trituração.
A manutenção da candidatura de Lúcia Rocha parece prejudicar mais Waldenor do que a prefeita Sheila. A relação da vereadora com o governo do estado a coloca em um lugar delicado, sem a máquina necessária para enfrentar os moinhos concorrentes. Além disso, Sheila e Waldenor possuem eleitorados consolidados e ideologicamente definidos, algo que falta à pré-candidata.
Em uma dança política onde a estrutura partidária e o poder são passos fundamentais, Lúcia Rocha encontra-se desafiada. Seu nome fantasia pode brilhar momentaneamente, mas sem uma base sólida, é como uma dança sem música, destinada a perder o compasso eleitoral. Resta-nos observar como essa dança se desenrolará nos próximos meses, cientes de que, no mundo da política, o moinho gira incessantemente, triturando ilusões e revelando os verdadeiros contendores.