O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou oficialmente o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, como o novo presidente da Caixa Econômica Federal.
Vieira é indicado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e sua nomeação faz parte do processo que culminou com a entrada do centrão na base governista.
A nomeação do economista foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (3).
Na quarta-feira (25), o presidente Lula demitiu a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, que era um quadro ligado ao Partido dos Trabalhadores.
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu hoje com a presidenta da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, e agradeceu seu trabalho e dedicação no exercício do cargo”, disse a nota do Palácio do Planalto, sem mencionar a palavra demissão.
“O governo federal nomeará o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência do banco, dando continuidade e ao trabalho da Caixa Econômica Federal na oferta de crédito na nossa economia e na execução de políticas públicas em diversas áreas sociais, culturais e esportivas”, conclui.
A nota elogia ainda que Rita Serrano: “Cumpriu missão importante, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio”.
O comando do banco era alvo da cobiça do centrão e entrou nas negociações com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em troca de apoio no Congresso Nacional. O posto está na mira do PP desde julho.
Na primeira leva de acordos do governo com o centrão, entraram os deputados André Fufuca (PP-MA) no Esportes e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), em setembro.
Logo após a demissão de Serrano, no mesmo dia, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei sobre a tributação dos chamados fundos exclusivos, usados por super-ricos, e das offshores (empresas sediadas fora do país), que é uma das pautas prioritárias do governo Lula.