Na noite da última quinta-feira (7), a Avenida Presidente Getúlio Vargas, em Vitória da Conquista, foi palco de mais um acidente fatal que choca a população e reacende o debate sobre as condições da via. A colisão envolvendo uma motocicleta e uma caminhonete ocorreu no entroncamento com a Avenida Luís Eduardo Magalhães, um trecho que, segundo moradores e motoristas, representa um verdadeiro risco para quem circula por ali.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi prontamente acionado, mas, infelizmente, a vítima não resistiu aos ferimentos. Este trágico episódio marca o segundo óbito registrado na Avenida Presidente Getúlio Vargas em menos de um mês, expondo uma situação de insegurança que está longe de ser resolvida.
A avenida, que se encontra em obras há quase dois anos, segue sem previsão concreta de conclusão. A Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (SEINFRA), responsável pelo projeto, realizou uma vistoria recentemente, mas isso não trouxe alívio aos cidadãos. A demora nas obras, somada à falta de sinalização adequada, torna o local um verdadeiro campo minado para os motoristas. A cada semana, aumentam as queixas sobre a quantidade de acidentes, muitos dos quais com gravidade.
Além da SEINFRA, a 77ª Companhia Independente de Polícia Militar e o Sistema Municipal de Trânsito estiveram presentes na cena do acidente. O corpo da vítima foi removido pelo Departamento de Polícia Técnica e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
O sentimento de revolta e insegurança é evidente entre os moradores, que questionam a ausência de sinalização e a negligência com que a obra é tratada. Eles exigem uma resposta concreta e ágil das autoridades responsáveis para evitar que mais vidas sejam ceifadas em uma avenida que deveria servir para conectar a cidade, mas tem sido, cada vez mais, sinônimo de tragédia.
A Avenida Presidente Getúlio Vargas se tornou um caso emblemático de uma obra pública que, em vez de trazer melhorias, expõe a população a riscos diários. Até quando as autoridades vão ignorar os pedidos de quem ali trafega e vive?