Política e Resenha

MEMÓRIA VIVA: A IMPORTÂNCIA DE PRESERVAR NOSSA HISTÓRIA POLÍTICA

 

 

 

 

 

Meu amigo Jânio de Freitas publicou em seu Instagram um jornal antigo que relembrava as administrações em que o Dr. Murilo Mármore esteve presente, prestando uma emocionante homenagem por sua perda. Ele ressaltou como a cidade está de luto diante dessa ausência tão significativa. É inspirador ver como o trabalho jornalístico desse amigo e comunicador consegue alcançar tantas pessoas. Assim, fiz este artigo dentro deste espírito.

Em um momento de profunda reflexão com a recente perda de Murilo Mármores, somos levados a pensar sobre a vital importância dos registros históricos de nossa cidade. O documento jornalístico que apresenta a equipe do governo Raul Ferraz é mais que um simples registro administrativo – é um testemunho vivo de um período de transformação em Vitória da Conquista.

Ao analisar aquela página amarelada pelo tempo, onde Murilo Mármores aparece entre os membros do secretariado, percebemos quanto nossa memória política é preciosa e, paradoxalmente, frágil. Cada fotografia, cada descrição naquele jornal não é apenas um registro burocrático, mas um fragmento de uma narrativa maior sobre a construção democrática de nossa cidade.

O lema “Sem uma grande equipe, não há grande governo” ecoa com particular força hoje. Murilo Mármores foi parte dessa história, integrando uma administração que buscava a harmonia administrativa e a capacidade profissional como pilares de gestão. Seu trabalho, junto aos demais membros daquela equipe, ajudou a moldar o município que conhecemos hoje.

A preservação desses registros históricos ganha ainda mais relevância com a partida de cada personagem que ajudou a construir nossa história. São documentos como este que nos permitem compreender não apenas as estruturas administrativas do passado, mas sobretudo o espírito de uma época em que a gestão pública se pautava pela busca da excelência e do compromisso com o bem comum.

Preservar a memória não é um exercício de nostalgia, mas uma necessidade vital para a construção de nosso futuro. Cada documento histórico, cada registro jornalístico, cada fotografia antiga é um elo que nos conecta com nossa própria identidade como cidade. A partida de Murilo Mármores nos lembra que é urgente não apenas manter, mas valorizar e estudar esses registros.

O memorial, nesse contexto, torna-se mais que um repositório de documentos – é um guardião de nossa memória coletiva, um espaço onde as novas gerações podem compreender as raízes de nossa cidade e os alicerces de nossa democracia local. É através dele que podemos manter viva não apenas a lembrança, mas sobretudo os ideais e valores que nortearam aquela administração e seus integrantes.

Que a perda de Murilo Mármores sirva não apenas como momento de luto, mas como um chamado à ação para a preservação de nossa história. Somente através da memória viva poderemos construir um futuro à altura do legado deixado por aqueles que, como ele, dedicaram suas vidas ao serviço público e ao desenvolvimento de nossa cidade.

 

Padre Carlos