A tragédia que abalou a cidade de Caetité no último domingo (08) vai muito além de uma dor irreparável para a família de Pedro Lucas Pereira Macedo, de apenas 1 ano e meio. O falecimento do bebê dentro da UPA 24h, após atendimento médico controverso, gerou uma onda de revolta e questionamentos sobre a qualidade do serviço prestado pela unidade de saúde.
A mãe da criança, Natália do Nascimento Pereira, relatou à imprensa local que Pedro Lucas foi inicialmente atendido na UPA após apresentar dores no domingo. Recebeu medicamentos, foi liberado e retornou para casa. Contudo, durante a madrugada, seu estado piorou, e ele foi novamente levado ao pronto atendimento. De acordo com o relato de Natália, o médico plantonista aplicou mais medicamentos, mas o quadro de Pedro Lucas continuou a se agravar até o desfecho trágico.
Esse incidente gerou uma onda de indignação na comunidade, que exige respostas sobre o que realmente aconteceu dentro da UPA. O atendimento médico de uma criança tão pequena, em um serviço emergencial, está sendo amplamente questionado, e muitos se perguntam: a UPA tem condições de oferecer o atendimento necessário para salvar vidas?
Embora autoridades locais ainda não tenham se manifestado oficialmente, espera-se uma investigação rigorosa sobre as circunstâncias da morte de Pedro Lucas. O caso põe em xeque o sistema de saúde pública em Caetité, especialmente em unidades de pronto atendimento, onde a rapidez e precisão no diagnóstico e tratamento são fundamentais para evitar tragédias como essa.
A dor da perda de uma criança é indescritível, mas o clamor por justiça e pela melhoria no atendimento médico é uma demanda legítima que não pode ser ignorada. A comunidade de Caetité e região espera que o caso de Pedro Lucas sirva de alerta para que erros não se repitam e para que tragédias como essa não se tornem comuns.