Na manhã desta segunda-feira (30), a Avenida Lomanto Júnior, em Jequié, virou palco de uma cena que mais parecia saída de um filme de ação. Um motorista de aplicativo, identificado apenas como João*, frustrou uma tentativa de assalto durante uma corrida, perseguindo e detendo o criminoso com suas próprias mãos. O desfecho deixou a população atônita e o suspeito, atrás das grades.
O episódio teve início quando o passageiro revelou suas intenções criminosas, anunciando o assalto. Surpreendentemente, João reagiu de forma rápida e estratégica, virando o jogo contra o assaltante. Em uma manobra calculada, ele usou o carro para bloquear a fuga do suspeito, que, sem saída, tentou escapar correndo pelas ruas da cidade.
Determinados a não permitir a impunidade, João não parou por aí. Ele saiu do veículo e iniciou uma perseguição a pé, que terminou com a imobilização do suspeito até a chegada da Polícia Militar, acionada por testemunhas. A prisão foi realizada no local, e o homem agora será investigado por possíveis conexões com outros crimes na região.
População Dividida Entre Elogios e Preocupação
“Foi uma cena de muita coragem. Ele arriscou tudo para não deixar o criminoso escapar”, comentou Maria Souza, uma das testemunhas. O motorista, que teve apenas danos materiais no veículo, recebeu elogios pela bravura, mas também alertas das autoridades.
“É fundamental lembrar que reações assim colocam a vida da vítima em risco. Sempre orientamos que as pessoas priorizem sua segurança e acionem a polícia imediatamente”, afirmou um porta-voz da Polícia Militar.
Risco e Heroísmo
Embora o desfecho tenha sido positivo, o caso reacende o debate sobre a segurança dos motoristas de aplicativo, que muitas vezes enfrentam situações de extrema vulnerabilidade. João, descrito como um trabalhador dedicado, mostrou coragem em um momento de grande tensão, mas reconhece que a sorte esteve ao seu lado.
“Fiz o que precisava ser feito no momento, mas sei que foi arriscado”, teria dito João a amigos próximos.
A cena, amplamente discutida nas redes sociais, levantou questionamentos sobre a crescente violência urbana e as condições enfrentadas por profissionais do setor. Enquanto isso, a cidade de Jequié acompanha o desenrolar das investigações, esperando que a justiça seja feita.
E você, teria a mesma coragem?
