Em uma época marcada pela hipocrisia e pelo culto à aparência, muitos de nós descobrimos, por meio das marcas em nossos corpos e em nossas almas, que para sobreviver na sociedade atual, é necessário se transformar em um tubarão. Se você se mostrar frágil ou diferente, você será engolido pelas estruturas sociais e culturais que valorizam a conformidade e a falsidade. A verdade é que as poupanças e a honestidade são, muitas vezes, sacrificadas no altar da acessibilidade social.
A maioria das pessoas, com medo de serem marginalizadas ou rejeitadas, opta por se tornar um reflexo das expectativas e desejos de quem está ao redor. É a tática do peixinho que, ao se tornar um tubarão, busca sobreviver em um ambiente que valoriza o poder e a manipulação. Este comportamento é prejudicial não apenas para a integridade individual, mas também para o tecido social como um todo.
Em meio a esta realidade, fiz um pacto consigo mesmo: não permitirei que a hipocrisia e a falta de desvantagens se tornem minha marca registrada. Não estou afirmando ser superior aos outros por essa escolha, mas reconheço as dificuldades que ele traz para minha vida social. Detesto a mentira e a falsidade, incluindo a “puxação de saco” e as lisonjas. A hipocrisia, sem dúvida, não é minha praia.
Embora este posicionamento possa ser visto como um ato de rebeldia, ele é, na verdade, uma forma de preservar nossa humanidade e integridade em um mundo que glorifica a fachada e o joguinho social. Ao negarmos a hipocrisia e a falsidade, podemos desmantelar as estruturas sociais que impõem tais normas e, em vez disso, construir relacionamentos baseados na honestidade, no respeito e nas desvantagens.
Nossa sociedade precisa de urgência em encorajar o diálogo honesto, a empatia e a liberdade das diferenças. Só assim poderemos afastar os tubarões e criar um ambiente no qual os peixes possam nadar livremente, sem medo de serem engolidos por uma cultura de falsidade e manipulação.
