Política e Resenha

ARTIGO – A Eternidade do Amor em um Relógio Parado: Quando a Saudade Não Cabe no Tempo

 

 

 

 

 

Há uma mentira confortável que repetimos como mantra coletivo: “o tempo cura todas as feridas”. Emily Dickinson, em versos cortantes, desmonta essa ilusão. “Se o tempo fosse remédio, nenhum mal existiria”, desafia a poeta, revelando que certas dores não se dissolvem no calendário, mas se entranham na alma, tornando-se parte indelével de quem somos. Lucas Dias, um nome que ecoa como um suspiro entre linhas escritas por um coração materno, é a prova viva — ou melhor, a prova eterna — de que o amor não obedece à cronologia.

Passaram-se 5 anos e 10 meses. Para o mundo, um período mensurável. Para uma mãe ou um pai que carregam a ausência de um filho, é como se o relógio tivesse parado no exato instante em que o futuro foi interrompido. A saudade, longe de amenizar, expande-se. Cresce em silêncio, invade os cantos mais íntimos da memória e se faz presente até no ar que falta quando um abraço esperado nunca chega. Não há algoritmo que calcule essa dimensão. A dor da perda não é um problema a ser resolvido; é uma linguagem nova, um mapa de afeto que se recalibra a cada dia.

Lucas, cuja história é tecida nas palavras de quem o ama, não é um fantasma do passado. Ele habita o presente através de risadas lembradas, de aventuras transformadas em narrativas sagradas, de um amor que se recusa a ser reduzido à nostalgia. Aqui, a maternidade ou paternidade enlutada revela seu paradoxo mais cruciante e belo: é possível seguir em frente carregando um peso que não se torna mais leve, mas que, de tão imenso, ensina a caminhar com ele. A estrada acidentada, pavimentada por lágrimas, também é iluminada por clarões de gratidão — pelos momentos roubados ao destino, pelo privilégio de ter amado alguém que deixou marcas tão profundas.

Dickinson tinha razão: dor real não se debela, se transforma. Transforma-se em coragem para acordar todos os dias e duelar com o vazio. Em força para encontrar significado naquilo que, para outros, parece intragável. E, principalmente, em resistência para não permitir que a morte tenha a última palavra. Quando um pai ou uma mãe diz “trago-te vivo em mim”, eles estão reescrevendo as regras da existência. A vida de Lucas não terminou; migrou para um território onde o tempo não dita as regras. Sua presença agora é feita de vento, de cheiro, de canções que só o coração reconhece.

É fácil romantizar a dor alheia, sugerir que há “um propósito” em todo sofrimento. Mas a verdade é mais complexa. Aceitar que a saudade cresce com os anos não é sobre resignação; é sobre honestidade. É reconhecer que certas feridas sangram para sempre, mas que, mesmo assim, não nos impedem de dançar sob a chuva. O luto aqui não é uma fase, mas um companheiro de jornada — áspero, incômodo, mas também testemunha do amor que não se rende.

Para além das lágrimas, como bem lembrou minha amiga, há risadas. Há a leveza de saber que, em algum lugar entre o infinito e o além, o amor construído não se perdeu. Ele pulsa nas histórias contadas, nas fotos revisitadas, nos sonhos que teimam em visitar as noites mais escuras. Seguir não é esquecer; é escolher carregar um tesouro que ninguém vê, mas que sustenta cada respiração.

Enquanto o mundo insiste em vender a ideia de que a cura está na passagem do tempo, histórias como a de Lucas Dias nos lembram que algumas curas não existem — e não precisam existir. Porque o amor, quando verdadeiro, não se cura; se habita. E nessa morada, mesmo entre escombros, ainda se planta jardins.

Ao fim, talvez o maior ato de rebeldia contra a fugacidade da vida seja justamente este: fazer da saudade um altar, e do tempo, não um inimigo, mas um aliado que nos permite dizer, todos os dias, “eu ainda te amo”. Do infinito ao além.

Padre Carlos

ARTIGO – A Eternidade do Amor em um Relógio Parado: Quando a Saudade Não Cabe no Tempo

 

 

 

 

 

Há uma mentira confortável que repetimos como mantra coletivo: “o tempo cura todas as feridas”. Emily Dickinson, em versos cortantes, desmonta essa ilusão. “Se o tempo fosse remédio, nenhum mal existiria”, desafia a poeta, revelando que certas dores não se dissolvem no calendário, mas se entranham na alma, tornando-se parte indelével de quem somos. Lucas Dias, um nome que ecoa como um suspiro entre linhas escritas por um coração materno, é a prova viva — ou melhor, a prova eterna — de que o amor não obedece à cronologia.

Passaram-se 5 anos e 10 meses. Para o mundo, um período mensurável. Para uma mãe ou um pai que carregam a ausência de um filho, é como se o relógio tivesse parado no exato instante em que o futuro foi interrompido. A saudade, longe de amenizar, expande-se. Cresce em silêncio, invade os cantos mais íntimos da memória e se faz presente até no ar que falta quando um abraço esperado nunca chega. Não há algoritmo que calcule essa dimensão. A dor da perda não é um problema a ser resolvido; é uma linguagem nova, um mapa de afeto que se recalibra a cada dia.

Lucas, cuja história é tecida nas palavras de quem o ama, não é um fantasma do passado. Ele habita o presente através de risadas lembradas, de aventuras transformadas em narrativas sagradas, de um amor que se recusa a ser reduzido à nostalgia. Aqui, a maternidade ou paternidade enlutada revela seu paradoxo mais cruciante e belo: é possível seguir em frente carregando um peso que não se torna mais leve, mas que, de tão imenso, ensina a caminhar com ele. A estrada acidentada, pavimentada por lágrimas, também é iluminada por clarões de gratidão — pelos momentos roubados ao destino, pelo privilégio de ter amado alguém que deixou marcas tão profundas.

Dickinson tinha razão: dor real não se debela, se transforma. Transforma-se em coragem para acordar todos os dias e duelar com o vazio. Em força para encontrar significado naquilo que, para outros, parece intragável. E, principalmente, em resistência para não permitir que a morte tenha a última palavra. Quando um pai ou uma mãe diz “trago-te vivo em mim”, eles estão reescrevendo as regras da existência. A vida de Lucas não terminou; migrou para um território onde o tempo não dita as regras. Sua presença agora é feita de vento, de cheiro, de canções que só o coração reconhece.

É fácil romantizar a dor alheia, sugerir que há “um propósito” em todo sofrimento. Mas a verdade é mais complexa. Aceitar que a saudade cresce com os anos não é sobre resignação; é sobre honestidade. É reconhecer que certas feridas sangram para sempre, mas que, mesmo assim, não nos impedem de dançar sob a chuva. O luto aqui não é uma fase, mas um companheiro de jornada — áspero, incômodo, mas também testemunha do amor que não se rende.

Para além das lágrimas, como bem lembrou minha amiga, há risadas. Há a leveza de saber que, em algum lugar entre o infinito e o além, o amor construído não se perdeu. Ele pulsa nas histórias contadas, nas fotos revisitadas, nos sonhos que teimam em visitar as noites mais escuras. Seguir não é esquecer; é escolher carregar um tesouro que ninguém vê, mas que sustenta cada respiração.

Enquanto o mundo insiste em vender a ideia de que a cura está na passagem do tempo, histórias como a de Lucas Dias nos lembram que algumas curas não existem — e não precisam existir. Porque o amor, quando verdadeiro, não se cura; se habita. E nessa morada, mesmo entre escombros, ainda se planta jardins.

Ao fim, talvez o maior ato de rebeldia contra a fugacidade da vida seja justamente este: fazer da saudade um altar, e do tempo, não um inimigo, mas um aliado que nos permite dizer, todos os dias, “eu ainda te amo”. Do infinito ao além.

Padre Carlos

Cosme de Farias: O Guardião da Justiça Popular no Sesquicentenário de uma Vida Legendária

 

 

 

No cenário brasileiro, onde as desigualdades sociais e raciais ainda ecoam os grilhões do passado, a figura de Cosme de Farias surge como um farol de resistência e esperança. Neste sesquicentenário de seu nascimento (1875-2025), revisitar sua trajetória não é apenas um exercício de memória, mas um manifesto político sobre o poder da justiça popular.

Das Raízes Humildes à Construção de um Legado

Nascido em Salvador, no subúrbio de São Tomé de Paripe, Cosme de Farias era filho de uma negra liberta, em uma sociedade marcada pelo racismo estrutural pós-escravidão 6. Sua formação limitou-se ao ensino primário, mas sua sede por justiça o transformou em um rábula — advogado autodidata que desafiava as barreiras acadêmicas para defender os excluídos. Sua ascensão não foi apenas pessoal: foi um ato de insurgência contra um sistema que negava voz aos pobres e negros.

A Advocacia como Arma de Emancipação

Cosme não seguia os manuais jurídicos; escrevia sua própria doutrina na prática. Atuou em mais de 30 mil processos, muitos deles para libertar presos pobres que apodreciam nas cadeias sem julgamento. Seu feito mais emblemático foi a libertação de Dadá, viúva do cangaceiro Corisco, através de um habeas corpus que desafiava a lógica repressiva do Estado 1314. Para ele, os tribunais não eram salas de mármore, mas trincheiras onde a justiça precisava ser conquistada a cada palavra.

Sua coragem extrapolava as formalidades. Em uma cena icônica, acendeu uma vela no tribunal, declarando que “a Justiça anda escondida”. Esse gesto, mais que teatral, era um libelo contra a opacidade de um sistema que favorecia os privilegiados.

Educação: A Revolução das Letras

Cosme compreendia que a justiça social não se fazia apenas nos tribunais, mas também nas salas de aula. Em 1915, fundou a Liga Baiana contra o Analfabetismo, que manteve escolas e distribuiu cartilhas por décadas, alfabetizando milhares na periferia de Salvador 23. Sua cartilha do ABC tornou-se símbolo de emancipação, como relembrou o jornalista Clarindo Silva, que recebeu uma delas das mãos do próprio Major 9. Para ele, cada letra ensinada era um passo para romper as correntes da ignorância.

Política como Extensão da Luta Social

Eleito deputado estadual em 1914 e vereador por múltiplos mandatos, Cosme usou a política para amplificar suas causas. Na Assembleia Legislativa da Bahia, tornou-se o parlamentar mais idoso do mundo aos 97 anos, mostrando que a resistência não tem data de validade 23. Sua atuação contra a ditadura militar (1964-1985) e em defesa dos direitos trabalhistas durante a greve de 1919 revelam um homem que jamais se curvou ao autoritarismo 614.

Um Legado que Resiste ao Tempo

Em 2021, a OAB-BA concedeu-lhe postumamente o título de advogado, um reconhecimento tardio, mas simbolicamente potente, de que sua luta transcendeu as formalidades 1314. Seu nome batiza escolas, praças e o plenário da Câmara de Salvador, enquanto documentários como Quitanda da Liberdade revisitam sua trajetória 911. A reedição de Lama & Sangue (1926), seu livro sobre o estado de sítio na Bahia, resgata suas críticas à repressão e à inconstitucionalidade — temas ainda urgentes 6.

Conclusão: A Chama que Nunca se Apaga

Cosme de Farias não foi um herói de estátua, mas um homem que transformou limitações em alavancas para mudanças. Seu sesquicentenário coincide com um Brasil que ainda clama por justiça social, educação pública de qualidade e representatividade negra nos espaços de poder. Sua vida nos ensina que a verdadeira advocacia não se mede por diplomas, mas pela capacidade de incendiar consciências e iluminar caminhos.

Que seu exemplo inspire as novas gerações a carregar a tocha da justiça popular — não como uma relíquia do passado, mas como um chamado para o futuro. Afinal, como escreveu o poeta Rodolfo Coelho Cavalcante: “Ó meu Deus, Cosme morreu/ Outro igual jamais nasceu” 3. Cabe a nós provar que ele estava errado.

Padre Carlos

Cosme de Farias: O Guardião da Justiça Popular no Sesquicentenário de uma Vida Legendária

 

 

 

No cenário brasileiro, onde as desigualdades sociais e raciais ainda ecoam os grilhões do passado, a figura de Cosme de Farias surge como um farol de resistência e esperança. Neste sesquicentenário de seu nascimento (1875-2025), revisitar sua trajetória não é apenas um exercício de memória, mas um manifesto político sobre o poder da justiça popular.

Das Raízes Humildes à Construção de um Legado

Nascido em Salvador, no subúrbio de São Tomé de Paripe, Cosme de Farias era filho de uma negra liberta, em uma sociedade marcada pelo racismo estrutural pós-escravidão 6. Sua formação limitou-se ao ensino primário, mas sua sede por justiça o transformou em um rábula — advogado autodidata que desafiava as barreiras acadêmicas para defender os excluídos. Sua ascensão não foi apenas pessoal: foi um ato de insurgência contra um sistema que negava voz aos pobres e negros.

A Advocacia como Arma de Emancipação

Cosme não seguia os manuais jurídicos; escrevia sua própria doutrina na prática. Atuou em mais de 30 mil processos, muitos deles para libertar presos pobres que apodreciam nas cadeias sem julgamento. Seu feito mais emblemático foi a libertação de Dadá, viúva do cangaceiro Corisco, através de um habeas corpus que desafiava a lógica repressiva do Estado 1314. Para ele, os tribunais não eram salas de mármore, mas trincheiras onde a justiça precisava ser conquistada a cada palavra.

Sua coragem extrapolava as formalidades. Em uma cena icônica, acendeu uma vela no tribunal, declarando que “a Justiça anda escondida”. Esse gesto, mais que teatral, era um libelo contra a opacidade de um sistema que favorecia os privilegiados.

Educação: A Revolução das Letras

Cosme compreendia que a justiça social não se fazia apenas nos tribunais, mas também nas salas de aula. Em 1915, fundou a Liga Baiana contra o Analfabetismo, que manteve escolas e distribuiu cartilhas por décadas, alfabetizando milhares na periferia de Salvador 23. Sua cartilha do ABC tornou-se símbolo de emancipação, como relembrou o jornalista Clarindo Silva, que recebeu uma delas das mãos do próprio Major 9. Para ele, cada letra ensinada era um passo para romper as correntes da ignorância.

Política como Extensão da Luta Social

Eleito deputado estadual em 1914 e vereador por múltiplos mandatos, Cosme usou a política para amplificar suas causas. Na Assembleia Legislativa da Bahia, tornou-se o parlamentar mais idoso do mundo aos 97 anos, mostrando que a resistência não tem data de validade 23. Sua atuação contra a ditadura militar (1964-1985) e em defesa dos direitos trabalhistas durante a greve de 1919 revelam um homem que jamais se curvou ao autoritarismo 614.

Um Legado que Resiste ao Tempo

Em 2021, a OAB-BA concedeu-lhe postumamente o título de advogado, um reconhecimento tardio, mas simbolicamente potente, de que sua luta transcendeu as formalidades 1314. Seu nome batiza escolas, praças e o plenário da Câmara de Salvador, enquanto documentários como Quitanda da Liberdade revisitam sua trajetória 911. A reedição de Lama & Sangue (1926), seu livro sobre o estado de sítio na Bahia, resgata suas críticas à repressão e à inconstitucionalidade — temas ainda urgentes 6.

Conclusão: A Chama que Nunca se Apaga

Cosme de Farias não foi um herói de estátua, mas um homem que transformou limitações em alavancas para mudanças. Seu sesquicentenário coincide com um Brasil que ainda clama por justiça social, educação pública de qualidade e representatividade negra nos espaços de poder. Sua vida nos ensina que a verdadeira advocacia não se mede por diplomas, mas pela capacidade de incendiar consciências e iluminar caminhos.

Que seu exemplo inspire as novas gerações a carregar a tocha da justiça popular — não como uma relíquia do passado, mas como um chamado para o futuro. Afinal, como escreveu o poeta Rodolfo Coelho Cavalcante: “Ó meu Deus, Cosme morreu/ Outro igual jamais nasceu” 3. Cabe a nós provar que ele estava errado.

Padre Carlos

A Urgente Renovação do Futebol Brasileiro: Entre o Talento e a Acomodação

 

 

 

 

O futebol brasileiro vive um momento crítico de reflexão. Mais do que discutir resultados, é fundamental analisar a essência que historicamente nos diferenciou no cenário esportivo mundial: a paixão, a garra e o compromisso com a camisa verde-amarela.

A Crise da Motivação

Não é novidade que nossa Seleção Brasileira enfrenta um período de latência técnica e, sobretudo, motivacional. Os jogadores contemporâneos, em sua maioria milionários e com carreiras internacionais consolidadas, parecem ter perdido aquela chama que caracterizou gerações anteriores de craques.

A comparação com ídolos como Pelé, Zico e Romário não é apenas nostalgia, mas um diagnóstico preciso: falta combustível. Onde antes víamos entrega total, hoje observamos performances que beiram a indiferença, jogos que mais parecem exibições protocolares do que confrontos com alma nacional.

Renovação Como Solução

A solução não reside em culpabilizar individualmente atletas, mas em promover uma profunda reformulação sistêmica. O futebol é um organismo vivo, que precisa de oxigenação constante. Os “aspirantes”, aqueles com fome de conquistar seu espaço, representam essa possibilidade de ressignificação.

A experiência não pode ser sinônimo de acomodação. Pelo contrário, deve ser um combustível para inspirar, liderar e transformar. Necessitamos de jogadores que compreendam que vestir a camisa da Seleção Brasileira não é um privilégio pessoal, mas uma responsabilidade nacional.

Estrutura: O Problema Além do Campo

É ingênuo responsabilizar apenas os jogadores. A estrutura da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisa de uma profunda reformulação. Gestão, formação de base, investimento em tecnologia e desenvolvimento de jovens talentos são elementos fundamentais para uma reconstrução sólida.

Talento Não É Suficiente

Nossos jogadores continuam sendo tecnicamente brilhantes. O problema reside na ausência de um projeto coletivo, de uma identidade que transcenda nomes individuais. Futebol não se faz com estrelas isoladas, mas com um constellation de comprometimento, estratégia e paixão.

Conclusão: Esperança Renovada

A transformação é possível, mas exige mais do que discursos. Precisa de ação concreta, de coragem para romper padrões estabelecidos e criar novos paradigmas. A Seleção Brasileira não pode ser refém da nostalgia, mas deve ser protagonista de sua própria reinvenção.

O futuro do nosso futebol depende da nossa capacidade de equilibrar tradição e inovação, talento individual e espírito coletivo. Torcer não basta — é preciso agir, questionar e principalmente acreditar que podemos reconquistar nosso lugar no cenário mundial.

Uma reflexão sobre futebol, identidade nacional e a necessidade de renovação constante.

Padre Carlos

A Urgente Renovação do Futebol Brasileiro: Entre o Talento e a Acomodação

 

 

 

 

O futebol brasileiro vive um momento crítico de reflexão. Mais do que discutir resultados, é fundamental analisar a essência que historicamente nos diferenciou no cenário esportivo mundial: a paixão, a garra e o compromisso com a camisa verde-amarela.

A Crise da Motivação

Não é novidade que nossa Seleção Brasileira enfrenta um período de latência técnica e, sobretudo, motivacional. Os jogadores contemporâneos, em sua maioria milionários e com carreiras internacionais consolidadas, parecem ter perdido aquela chama que caracterizou gerações anteriores de craques.

A comparação com ídolos como Pelé, Zico e Romário não é apenas nostalgia, mas um diagnóstico preciso: falta combustível. Onde antes víamos entrega total, hoje observamos performances que beiram a indiferença, jogos que mais parecem exibições protocolares do que confrontos com alma nacional.

Renovação Como Solução

A solução não reside em culpabilizar individualmente atletas, mas em promover uma profunda reformulação sistêmica. O futebol é um organismo vivo, que precisa de oxigenação constante. Os “aspirantes”, aqueles com fome de conquistar seu espaço, representam essa possibilidade de ressignificação.

A experiência não pode ser sinônimo de acomodação. Pelo contrário, deve ser um combustível para inspirar, liderar e transformar. Necessitamos de jogadores que compreendam que vestir a camisa da Seleção Brasileira não é um privilégio pessoal, mas uma responsabilidade nacional.

Estrutura: O Problema Além do Campo

É ingênuo responsabilizar apenas os jogadores. A estrutura da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisa de uma profunda reformulação. Gestão, formação de base, investimento em tecnologia e desenvolvimento de jovens talentos são elementos fundamentais para uma reconstrução sólida.

Talento Não É Suficiente

Nossos jogadores continuam sendo tecnicamente brilhantes. O problema reside na ausência de um projeto coletivo, de uma identidade que transcenda nomes individuais. Futebol não se faz com estrelas isoladas, mas com um constellation de comprometimento, estratégia e paixão.

Conclusão: Esperança Renovada

A transformação é possível, mas exige mais do que discursos. Precisa de ação concreta, de coragem para romper padrões estabelecidos e criar novos paradigmas. A Seleção Brasileira não pode ser refém da nostalgia, mas deve ser protagonista de sua própria reinvenção.

O futuro do nosso futebol depende da nossa capacidade de equilibrar tradição e inovação, talento individual e espírito coletivo. Torcer não basta — é preciso agir, questionar e principalmente acreditar que podemos reconquistar nosso lugar no cenário mundial.

Uma reflexão sobre futebol, identidade nacional e a necessidade de renovação constante.

Padre Carlos

A Vila do Servidor: Um Marco de Inovação e Valorização em Vitória da Conquista

 

 

 

Introdução

Em um cenário onde a transparência e o diálogo com a comunidade são fundamentais para o sucesso de grandes empreendimentos, a iniciativa da VCA em promover a “Vila do Servidor” em Vitória da Conquista surge como um exemplo inspirador. Esse projeto, que une a empresa ao poder público municipal, não apenas oferece moradias dignas aos servidores públicos, mas também destaca a importância de comunicar à população os detalhes e os benefícios de suas ações. Mais do que construir casas, a VCA e a prefeitura estão construindo confiança, mostrando como seus empreendimentos podem transformar a cidade para melhor.

Desenvolvimento

A “Vila do Servidor” é uma iniciativa pioneira no Nordeste, um projeto habitacional pensado para atender aos servidores públicos municipais com moradias de qualidade em uma localização privilegiada. Situado no bairro Vila América, uma área nobre próxima a condomínios de alto padrão e a poucos minutos de shoppings, o empreendimento oferece infraestrutura completa: áreas de lazer, academia, piscina, lavanderia e casas térreas com quintais, tudo planejado para garantir conforto e bem-estar. Esse cuidado reflete a valorização do servidor, que, como destacou a prefeita Sheila Lemos, trabalha diariamente para fazer de Vitória da Conquista uma cidade melhor.

O que torna o projeto ainda mais notável é a parceria entre a VCA e a prefeitura. A doação do terreno pelo município, avaliada em cerca de R$ 25.000 por unidade, reduz significativamente o custo das moradias, que começam em R$ 139.900 — um valor acessível, especialmente considerando a qualidade oferecida. Em alguns casos, dependendo do cadastro na Caixa Econômica Federal, os servidores podem adquirir sua casa sem entrada, o que amplia o alcance da iniciativa. Essa colaboração demonstra como o poder público pode atuar de forma inteligente e estratégica, transformando um sonho antigo em realidade concreta.

A transparência e a participação comunitária são pilares fundamentais do sucesso da “Vila do Servidor”. Desde o início, o projeto foi construído com a contribuição de diversas mãos: sindicatos dos servidores, a Câmara de Vereadores — que aprovou a lei por unanimidade — e uma equipe técnica que pesquisou experiências similares em cidades como Fortaleza para evitar erros e otimizar resultados. Essa abordagem colaborativa não só garantiu que o empreendimento atendesse às reais necessidades dos servidores, mas também reforçou a confiança da comunidade no processo. O evento marcado para o dia 29, no espaço Divaldo Franco, com mais de 1.300 inscrições já confirmadas, será uma oportunidade para os servidores conhecerem o projeto em detalhes, tirarem dúvidas e até sugerirem melhorias, consolidando essa relação de proximidade.

Além dos benefícios diretos aos servidores, a “Vila do Servidor” e as ações da VCA têm um impacto positivo mais amplo. O maior lançamento imobiliário do Brasil, previsto para o dia 28, trará mais de 800 corretores e 200 fornecedores a Vitória da Conquista, movimentando hotéis, restaurantes e o comércio local. Esse dinamismo econômico é um reflexo do potencial da cidade e da capacidade da VCA de atrair atenção nacional, colocando Vitória da Conquista no mapa como um exemplo de inovação e planejamento. Não à toa, prefeitos de outras cidades já manifestaram interesse em conhecer o projeto, sinalizando que a iniciativa pode se tornar um modelo a ser replicado.

Conclusão

A “Vila do Servidor” vai além de um empreendimento habitacional: ela é uma prova de que a união entre iniciativa privada e poder público, guiada por transparência e diálogo com a comunidade, pode gerar resultados extraordinários. Ao explicar cada etapa do projeto e seus benefícios, a VCA e a prefeitura não só valorizam os servidores públicos, mas também fortalecem o desenvolvimento de Vitória da Conquista. Esse é o tipo de iniciativa que eleva a qualidade de vida, impulsiona a economia e consolida a cidade como um exemplo para a Bahia e o Brasil. No dia 29, quando os servidores se reunirem para conhecer esse marco, e daqui a dois anos, quando receberem as chaves de suas novas casas, ficará claro que o maior ganho é o de uma comunidade mais unida, confiante e orgulhosa de seu futuro.

A Vila do Servidor: Um Marco de Inovação e Valorização em Vitória da Conquista

 

 

 

Introdução

Em um cenário onde a transparência e o diálogo com a comunidade são fundamentais para o sucesso de grandes empreendimentos, a iniciativa da VCA em promover a “Vila do Servidor” em Vitória da Conquista surge como um exemplo inspirador. Esse projeto, que une a empresa ao poder público municipal, não apenas oferece moradias dignas aos servidores públicos, mas também destaca a importância de comunicar à população os detalhes e os benefícios de suas ações. Mais do que construir casas, a VCA e a prefeitura estão construindo confiança, mostrando como seus empreendimentos podem transformar a cidade para melhor.

Desenvolvimento

A “Vila do Servidor” é uma iniciativa pioneira no Nordeste, um projeto habitacional pensado para atender aos servidores públicos municipais com moradias de qualidade em uma localização privilegiada. Situado no bairro Vila América, uma área nobre próxima a condomínios de alto padrão e a poucos minutos de shoppings, o empreendimento oferece infraestrutura completa: áreas de lazer, academia, piscina, lavanderia e casas térreas com quintais, tudo planejado para garantir conforto e bem-estar. Esse cuidado reflete a valorização do servidor, que, como destacou a prefeita Sheila Lemos, trabalha diariamente para fazer de Vitória da Conquista uma cidade melhor.

O que torna o projeto ainda mais notável é a parceria entre a VCA e a prefeitura. A doação do terreno pelo município, avaliada em cerca de R$ 25.000 por unidade, reduz significativamente o custo das moradias, que começam em R$ 139.900 — um valor acessível, especialmente considerando a qualidade oferecida. Em alguns casos, dependendo do cadastro na Caixa Econômica Federal, os servidores podem adquirir sua casa sem entrada, o que amplia o alcance da iniciativa. Essa colaboração demonstra como o poder público pode atuar de forma inteligente e estratégica, transformando um sonho antigo em realidade concreta.

A transparência e a participação comunitária são pilares fundamentais do sucesso da “Vila do Servidor”. Desde o início, o projeto foi construído com a contribuição de diversas mãos: sindicatos dos servidores, a Câmara de Vereadores — que aprovou a lei por unanimidade — e uma equipe técnica que pesquisou experiências similares em cidades como Fortaleza para evitar erros e otimizar resultados. Essa abordagem colaborativa não só garantiu que o empreendimento atendesse às reais necessidades dos servidores, mas também reforçou a confiança da comunidade no processo. O evento marcado para o dia 29, no espaço Divaldo Franco, com mais de 1.300 inscrições já confirmadas, será uma oportunidade para os servidores conhecerem o projeto em detalhes, tirarem dúvidas e até sugerirem melhorias, consolidando essa relação de proximidade.

Além dos benefícios diretos aos servidores, a “Vila do Servidor” e as ações da VCA têm um impacto positivo mais amplo. O maior lançamento imobiliário do Brasil, previsto para o dia 28, trará mais de 800 corretores e 200 fornecedores a Vitória da Conquista, movimentando hotéis, restaurantes e o comércio local. Esse dinamismo econômico é um reflexo do potencial da cidade e da capacidade da VCA de atrair atenção nacional, colocando Vitória da Conquista no mapa como um exemplo de inovação e planejamento. Não à toa, prefeitos de outras cidades já manifestaram interesse em conhecer o projeto, sinalizando que a iniciativa pode se tornar um modelo a ser replicado.

Conclusão

A “Vila do Servidor” vai além de um empreendimento habitacional: ela é uma prova de que a união entre iniciativa privada e poder público, guiada por transparência e diálogo com a comunidade, pode gerar resultados extraordinários. Ao explicar cada etapa do projeto e seus benefícios, a VCA e a prefeitura não só valorizam os servidores públicos, mas também fortalecem o desenvolvimento de Vitória da Conquista. Esse é o tipo de iniciativa que eleva a qualidade de vida, impulsiona a economia e consolida a cidade como um exemplo para a Bahia e o Brasil. No dia 29, quando os servidores se reunirem para conhecer esse marco, e daqui a dois anos, quando receberem as chaves de suas novas casas, ficará claro que o maior ganho é o de uma comunidade mais unida, confiante e orgulhosa de seu futuro.

Manchetes dos principais jornais nacionais nesta quinta-feira

 

 

Da Redação do Política e Resenha
Publicado em 27 de março de 2025

 

Folha de S.Paulo
Por consenso, STF torna Bolsonaro e outros 7 réus por tentativa de golpe

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/03/stf-tem-maioria-para-tornar-bolsonaro-reu-por-trama-golpista.shtml

 

O Estado de S. Paulo

Tarifas de Trump sobre carros podem dar à Tesla e a Musk uma vantagem sobre os rivais

https://www.estadao.com.br/?srsltid=AfmBOoq2LNHlF4OD5w01Ds0d_Id_jFZ0sxspbXTBktjFE21hgMBsbcRm

Valor Econômico (SP)
Inflação pelo IPCA-15 desacelera em março, mas taxa é a maior para o mês desde 2023

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/03/27/ipca-15-sobe-064percent-em-marco.ghtml

 

O Globo (RJ)

Putin vai morrer em breve’, diz Zelensky a jornalistas após encontro com Macron

https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/03/27/putin-vai-morrer-em-breve-diz-zelensky.ghtml

 

Correio Braziliense
Vazamento de plano de guerra coloca pressão sobre a Casa Branca

https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2025/03/7094400-eua-vazamento-de-plano-de-guerra-poe-pressao-sobre-a-casa-branca.html

 

 

Estado de Minas
O adeus de um apaixonado por BH

https://www.em.com.br/gerais/2024/04/6837688-morreu-de-desilusao-em-mirante-de-bh-no-bolso-um-poema-de-amor-incompleto.html

 

Zero Hora (RS)
Banco Central eleva taxa Selic para 14,25%, maior valor desde 2016

https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/noticia/2025/03/banco-central-eleva-taxa-selic-para-1425-maior-valor-desde-2016-cm8gdlb0o00mm0144y9w04auu.html

 

Diário de Pernambuco
Sexo eleva a autoestima e saúde das idosas

https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2025/03/sexo-eleva-a-autoestima-e-saude-das-idosas.html

 

A Tarde (BA)
Traficante, homicida e primeira dama do PCC: saiba quem é Dona Maria

https://atarde.com.br/bahia/traficante-homicida-e-primeira-dama-do-pcc-saiba-quem-e-dona-maria-1312164

 

Manchetes dos principais jornais nacionais nesta quinta-feira

 

 

Da Redação do Política e Resenha
Publicado em 27 de março de 2025

 

Folha de S.Paulo
Por consenso, STF torna Bolsonaro e outros 7 réus por tentativa de golpe

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/03/stf-tem-maioria-para-tornar-bolsonaro-reu-por-trama-golpista.shtml

 

O Estado de S. Paulo

Tarifas de Trump sobre carros podem dar à Tesla e a Musk uma vantagem sobre os rivais

https://www.estadao.com.br/?srsltid=AfmBOoq2LNHlF4OD5w01Ds0d_Id_jFZ0sxspbXTBktjFE21hgMBsbcRm

Valor Econômico (SP)
Inflação pelo IPCA-15 desacelera em março, mas taxa é a maior para o mês desde 2023

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/03/27/ipca-15-sobe-064percent-em-marco.ghtml

 

O Globo (RJ)

Putin vai morrer em breve’, diz Zelensky a jornalistas após encontro com Macron

https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/03/27/putin-vai-morrer-em-breve-diz-zelensky.ghtml

 

Correio Braziliense
Vazamento de plano de guerra coloca pressão sobre a Casa Branca

https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2025/03/7094400-eua-vazamento-de-plano-de-guerra-poe-pressao-sobre-a-casa-branca.html

 

 

Estado de Minas
O adeus de um apaixonado por BH

https://www.em.com.br/gerais/2024/04/6837688-morreu-de-desilusao-em-mirante-de-bh-no-bolso-um-poema-de-amor-incompleto.html

 

Zero Hora (RS)
Banco Central eleva taxa Selic para 14,25%, maior valor desde 2016

https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/noticia/2025/03/banco-central-eleva-taxa-selic-para-1425-maior-valor-desde-2016-cm8gdlb0o00mm0144y9w04auu.html

 

Diário de Pernambuco
Sexo eleva a autoestima e saúde das idosas

https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2025/03/sexo-eleva-a-autoestima-e-saude-das-idosas.html

 

A Tarde (BA)
Traficante, homicida e primeira dama do PCC: saiba quem é Dona Maria

https://atarde.com.br/bahia/traficante-homicida-e-primeira-dama-do-pcc-saiba-quem-e-dona-maria-1312164

 

ARTIGO – A Metáfora Como Arma Contra o Autoritarismo

 

 

Dona Onça, de Luiz Caldas e Guilherme Menezes,

 

Nos momentos mais sombrios da história, quando a censura cerra os lábios e o medo se infiltra nas entrelinhas, a metáfora surge como o refúgio do artista e a arma da resistência. Sob regimes autoritários, a palavra direta é silenciada, mas o simbolismo e a sutileza poética encontram brechas onde o grito é proibido. Foi assim que Chico Buarque driblou a repressão, transformando versos aparentemente inofensivos em mensagens de contestação. E é nessa tradição que se insere a música Dona Onça, de Luiz Caldas e Guilherme Menezes, cuja força simbólica evoca a eterna luta contra aqueles que tentam reescrever a história para apagar a memória coletiva.

O verso de Chico – “Hoje você é quem manda, falou, tá falado” – ressoa como um retrato atemporal do autoritarismo: a imposição da obediência sem contestação. No entanto, a mesma música que parecia se curvar ao poder, em sua segunda camada de significado, ironizava a fragilidade dos regimes que se sustentam apenas pelo medo. Assim, a arte se transforma em trincheira e o artista, mesmo amordaçado, aprende a falar em códigos.

A metáfora é o esconderijo da verdade. Dona Onça reflete essa lógica. A figura da onça, símbolo de força e dominação, representa um poder arbitrário que, por um tempo, parecia inabalável. No entanto, os versos denunciam sua derrocada: “Você perdeu, dona onça, pega teu rumo e vaza”. Aqui, a canção assume um papel de vingança poética, resgatando um princípio que os tiranos esquecem: o poder imposto pela força não dura para sempre.

Mais do que uma denúncia, a música também expõe a sanha destrutiva dos regimes autoritários. Quando Luiz Caldas e Guilherme Menezes cantam “Nossos livros, nossos quadros e nossas ricas memórias, tudo por você rasgado pra apagar nossa história”, denunciam o revisionismo, a queima de registros culturais e a tentativa de transformar a ignorância em política de Estado. A história já mostrou que ditaduras não se contentam apenas em calar vozes – elas tentam apagar os rastros de quem ousou falar.

Mas há algo que o poder bruto nunca entendeu: as palavras se infiltram nas brechas, a música se espalha como sussurro no vento, e a arte sobrevive mesmo quando seus criadores são perseguidos. Chico Buarque já sabia disso. Luiz Caldas e Guilherme Menezes reafirmam essa verdade. Quando a repressão acredita ter vencido, a poesia está apenas esperando o momento de ressurgir, cantada em rima e verso, para lembrar ao opressor que sua queda é inevitável.

 

Padre Carlos

ARTIGO – A Metáfora Como Arma Contra o Autoritarismo

 

 

Dona Onça, de Luiz Caldas e Guilherme Menezes,

 

Nos momentos mais sombrios da história, quando a censura cerra os lábios e o medo se infiltra nas entrelinhas, a metáfora surge como o refúgio do artista e a arma da resistência. Sob regimes autoritários, a palavra direta é silenciada, mas o simbolismo e a sutileza poética encontram brechas onde o grito é proibido. Foi assim que Chico Buarque driblou a repressão, transformando versos aparentemente inofensivos em mensagens de contestação. E é nessa tradição que se insere a música Dona Onça, de Luiz Caldas e Guilherme Menezes, cuja força simbólica evoca a eterna luta contra aqueles que tentam reescrever a história para apagar a memória coletiva.

O verso de Chico – “Hoje você é quem manda, falou, tá falado” – ressoa como um retrato atemporal do autoritarismo: a imposição da obediência sem contestação. No entanto, a mesma música que parecia se curvar ao poder, em sua segunda camada de significado, ironizava a fragilidade dos regimes que se sustentam apenas pelo medo. Assim, a arte se transforma em trincheira e o artista, mesmo amordaçado, aprende a falar em códigos.

A metáfora é o esconderijo da verdade. Dona Onça reflete essa lógica. A figura da onça, símbolo de força e dominação, representa um poder arbitrário que, por um tempo, parecia inabalável. No entanto, os versos denunciam sua derrocada: “Você perdeu, dona onça, pega teu rumo e vaza”. Aqui, a canção assume um papel de vingança poética, resgatando um princípio que os tiranos esquecem: o poder imposto pela força não dura para sempre.

Mais do que uma denúncia, a música também expõe a sanha destrutiva dos regimes autoritários. Quando Luiz Caldas e Guilherme Menezes cantam “Nossos livros, nossos quadros e nossas ricas memórias, tudo por você rasgado pra apagar nossa história”, denunciam o revisionismo, a queima de registros culturais e a tentativa de transformar a ignorância em política de Estado. A história já mostrou que ditaduras não se contentam apenas em calar vozes – elas tentam apagar os rastros de quem ousou falar.

Mas há algo que o poder bruto nunca entendeu: as palavras se infiltram nas brechas, a música se espalha como sussurro no vento, e a arte sobrevive mesmo quando seus criadores são perseguidos. Chico Buarque já sabia disso. Luiz Caldas e Guilherme Menezes reafirmam essa verdade. Quando a repressão acredita ter vencido, a poesia está apenas esperando o momento de ressurgir, cantada em rima e verso, para lembrar ao opressor que sua queda é inevitável.

 

Padre Carlos

ARTIGO – O naufrágio da Seleção Brasileira e a crise de comando na CBF (Padre Carlos)

 

 

A dura goleada sofrida contra a Argentina por 4 a 1 expôs, mais uma vez, a fragilidade da Seleção Brasileira. A atuação desastrosa evidenciou um time sem padrão tático, sem identidade e, sobretudo, sem comando. Dorival Júnior, que já não era unanimidade entre os torcedores, agora vê sua permanência no cargo ameaçada por uma pressão crescente.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que acaba de ser reeleito para mais um mandato até 2030, tem nas mãos um dilema que pode definir o futuro da Seleção na próxima Copa do Mundo. Sua relutância em se pronunciar após a derrota reforça a incerteza sobre o destino de Dorival, cujo trabalho nunca pareceu plenamente respaldado pela entidade.

O problema vai além do técnico

É inegável que Dorival Júnior tem responsabilidade pelos maus resultados, mas reduzi-los apenas ao treinador seria um erro simplista. O futebol brasileiro vive uma crise profunda, reflexo de uma estrutura ultrapassada e de uma administração que, ao longo dos anos, se especializou em decisões erráticas.

Desde a saída de Tite, a CBF demonstrou falta de planejamento ao apostar em Fernando Diniz como interino, esperando por um Carlo Ancelotti que nunca veio. Agora, com a iminente demissão de Dorival, os mesmos nomes voltam a ser cogitados: Jorge Jesus, Abel Ferreira, Guardiola, Mourinho, Zidane… Mas, afinal, o problema da Seleção se resolve apenas com um nome estrangeiro?

O dilema do novo técnico

Os torcedores clamam por um treinador capaz de resgatar a identidade da Seleção, algo que Tite, a despeito de suas limitações, ainda conseguia manter. Mas o grande desafio é que o futebol brasileiro perdeu referências táticas. Nossos jogadores brilham na Europa, mas a Seleção, ironicamente, joga um futebol burocrático e previsível.

A CBF flerta com grandes treinadores internacionais, mas será que algum deles teria tempo e liberdade para reconstruir um projeto sólido? Abel Ferreira e Jorge Jesus já provaram sua competência no Brasil, mas aceitariam o desafio de comandar uma Seleção sem estrutura adequada e sob intensa cobrança?

Pep Guardiola, nome dos sonhos de muitos torcedores, dificilmente abriria mão do Manchester City para embarcar no caos da CBF. Carlo Ancelotti, que já rejeitou a Seleção uma vez, não parece disposto a mudar de ideia. José Mourinho e Zidane são nomes que soam bem, mas não passam de especulação.

Uma Seleção sem identidade

O que se viu no Monumental de Núñez não foi apenas um time mal treinado, mas um elenco desmotivado, perdido em campo e sem reação. A verdade é que a Seleção Brasileira perdeu sua essência. Deixamos de ser um time que impõe respeito para nos tornarmos meros coadjuvantes nas Eliminatórias.

O problema da Seleção não é apenas o nome do treinador, mas a ausência de um projeto real de futebol. A CBF precisa decidir se quer construir um futuro ou continuar refém de apostas apressadas e promessas vazias.

A torcida brasileira, cansada de vexames, exige respostas. A permanência de Dorival Júnior parece insustentável, mas será que a mudança virá com um simples nome no comando, ou será necessário um choque de realidade na gestão do futebol nacional?

A Seleção Brasileira agoniza. O tempo para reagir está se esgotando.

ARTIGO – O naufrágio da Seleção Brasileira e a crise de comando na CBF (Padre Carlos)

 

 

A dura goleada sofrida contra a Argentina por 4 a 1 expôs, mais uma vez, a fragilidade da Seleção Brasileira. A atuação desastrosa evidenciou um time sem padrão tático, sem identidade e, sobretudo, sem comando. Dorival Júnior, que já não era unanimidade entre os torcedores, agora vê sua permanência no cargo ameaçada por uma pressão crescente.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que acaba de ser reeleito para mais um mandato até 2030, tem nas mãos um dilema que pode definir o futuro da Seleção na próxima Copa do Mundo. Sua relutância em se pronunciar após a derrota reforça a incerteza sobre o destino de Dorival, cujo trabalho nunca pareceu plenamente respaldado pela entidade.

O problema vai além do técnico

É inegável que Dorival Júnior tem responsabilidade pelos maus resultados, mas reduzi-los apenas ao treinador seria um erro simplista. O futebol brasileiro vive uma crise profunda, reflexo de uma estrutura ultrapassada e de uma administração que, ao longo dos anos, se especializou em decisões erráticas.

Desde a saída de Tite, a CBF demonstrou falta de planejamento ao apostar em Fernando Diniz como interino, esperando por um Carlo Ancelotti que nunca veio. Agora, com a iminente demissão de Dorival, os mesmos nomes voltam a ser cogitados: Jorge Jesus, Abel Ferreira, Guardiola, Mourinho, Zidane… Mas, afinal, o problema da Seleção se resolve apenas com um nome estrangeiro?

O dilema do novo técnico

Os torcedores clamam por um treinador capaz de resgatar a identidade da Seleção, algo que Tite, a despeito de suas limitações, ainda conseguia manter. Mas o grande desafio é que o futebol brasileiro perdeu referências táticas. Nossos jogadores brilham na Europa, mas a Seleção, ironicamente, joga um futebol burocrático e previsível.

A CBF flerta com grandes treinadores internacionais, mas será que algum deles teria tempo e liberdade para reconstruir um projeto sólido? Abel Ferreira e Jorge Jesus já provaram sua competência no Brasil, mas aceitariam o desafio de comandar uma Seleção sem estrutura adequada e sob intensa cobrança?

Pep Guardiola, nome dos sonhos de muitos torcedores, dificilmente abriria mão do Manchester City para embarcar no caos da CBF. Carlo Ancelotti, que já rejeitou a Seleção uma vez, não parece disposto a mudar de ideia. José Mourinho e Zidane são nomes que soam bem, mas não passam de especulação.

Uma Seleção sem identidade

O que se viu no Monumental de Núñez não foi apenas um time mal treinado, mas um elenco desmotivado, perdido em campo e sem reação. A verdade é que a Seleção Brasileira perdeu sua essência. Deixamos de ser um time que impõe respeito para nos tornarmos meros coadjuvantes nas Eliminatórias.

O problema da Seleção não é apenas o nome do treinador, mas a ausência de um projeto real de futebol. A CBF precisa decidir se quer construir um futuro ou continuar refém de apostas apressadas e promessas vazias.

A torcida brasileira, cansada de vexames, exige respostas. A permanência de Dorival Júnior parece insustentável, mas será que a mudança virá com um simples nome no comando, ou será necessário um choque de realidade na gestão do futebol nacional?

A Seleção Brasileira agoniza. O tempo para reagir está se esgotando.

Sheila Lemos: A Força Inabalável de Vitória da Conquista

 

 

 

 

Não podemos negar que a prefeita Sheila Lemos se consolidou como uma das maiores revelações no campo administrativo dos últimos tempos. Em um cenário político muitas vezes marcado por previsibilidade, sua trajetória é um sopro de renovação e um testemunho de competência. Primeira mulher a ser eleita prefeita de Vitória da Conquista, Lemos não apenas quebrou barreiras históricas, mas também redefiniu o que significa liderar com determinação e visão. Esta mulher é uma máquina, um trator incansável, e seus adversários aprenderam isso da maneira mais dura possível nas últimas eleições.

O marco de ser a primeira prefeita da cidade já seria suficiente para gravar seu nome na história de Vitória da Conquista. Mas Sheila Lemos foi além: sua eleição simboliza um avanço social que transcende o simples fato de ocupar o cargo. Em um contexto onde as mulheres ainda lutam por representatividade e igualdade na política, sua vitória é um grito de resistência e uma inspiração para outras que sonham em seguir o mesmo caminho. Ela não chegou ao poder por acaso; chegou porque provou, com ações e resultados, que gênero não define capacidade.

Seus adversários, no entanto, cometeram o erro fatal de subestimá-la. Talvez tenham visto nela apenas uma novata ou acreditado que o peso das estruturas tradicionais os favoreceria. Ledo engano. Lemos enfrentou as urnas com uma campanha inteligente, conectada às necessidades do povo e sustentada por uma energia que seus oponentes não conseguiram igualar. O resultado? Uma vitória expressiva que calou as dúvidas e mostrou que subestimar essa mulher é um risco que se paga caro. Ela transformou a suposta fragilidade em força, e a desconfiança dos rivais em combustível para sua ascensão.

Recentemente, uma fala dela sintetizou perfeitamente esse espírito incansável: “Eu trabalho de dia, eu trabalho de noite, eu trabalho com Não tenho preguiça de jeito nenhum e eu vou continuar trabalhando por Vitória da Conquista. E como diz Hermínio, toca para frente que nós vamos trabalhar ainda mais.” Essas palavras não são apenas um discurso bem ensaiado; são a essência de quem Sheila Lemos é. Um trator, como já dissemos, que não para diante de obstáculos e que encara o serviço público como uma missão sagrada. Essa ética de trabalho se reflete nas ruas da cidade, nas políticas implementadas e nos projetos que têm transformado a realidade local.

Sob sua gestão, Vitória da Conquista viu melhorias que vão além da superfície. A modernização da infraestrutura, o fortalecimento dos serviços de saúde e a atenção às demandas educacionais são apenas alguns exemplos de como Lemos traduziu sua energia em resultados concretos. Ela governa com uma visão prática, mas também com sensibilidade às necessidades dos mais vulneráveis, mostrando que é possível aliar força administrativa a um compromisso genuíno com o bem-estar da população. Seus adversários podem ter duvidado de sua capacidade, mas os cidadãos sentem na pele o impacto positivo de sua liderança.

Sheila Lemos é mais do que uma prefeita; é um exemplo vivo de que a dedicação e a resiliência podem mover montanhas. Em um tempo de descrença na política, ela nos lembra que líderes autênticos ainda existem – e que merecem ser valorizados. Sua trajetória desafia a todos nós a repensar nossos preconceitos e a apoiar quem trabalha de verdade por um futuro melhor. Como ela mesma diz, “toca para frente” – e que Vitória da Conquista siga avançando com essa força inabalável no comando.

 

Sheila Lemos: A Força Inabalável de Vitória da Conquista

 

 

 

 

Não podemos negar que a prefeita Sheila Lemos se consolidou como uma das maiores revelações no campo administrativo dos últimos tempos. Em um cenário político muitas vezes marcado por previsibilidade, sua trajetória é um sopro de renovação e um testemunho de competência. Primeira mulher a ser eleita prefeita de Vitória da Conquista, Lemos não apenas quebrou barreiras históricas, mas também redefiniu o que significa liderar com determinação e visão. Esta mulher é uma máquina, um trator incansável, e seus adversários aprenderam isso da maneira mais dura possível nas últimas eleições.

O marco de ser a primeira prefeita da cidade já seria suficiente para gravar seu nome na história de Vitória da Conquista. Mas Sheila Lemos foi além: sua eleição simboliza um avanço social que transcende o simples fato de ocupar o cargo. Em um contexto onde as mulheres ainda lutam por representatividade e igualdade na política, sua vitória é um grito de resistência e uma inspiração para outras que sonham em seguir o mesmo caminho. Ela não chegou ao poder por acaso; chegou porque provou, com ações e resultados, que gênero não define capacidade.

Seus adversários, no entanto, cometeram o erro fatal de subestimá-la. Talvez tenham visto nela apenas uma novata ou acreditado que o peso das estruturas tradicionais os favoreceria. Ledo engano. Lemos enfrentou as urnas com uma campanha inteligente, conectada às necessidades do povo e sustentada por uma energia que seus oponentes não conseguiram igualar. O resultado? Uma vitória expressiva que calou as dúvidas e mostrou que subestimar essa mulher é um risco que se paga caro. Ela transformou a suposta fragilidade em força, e a desconfiança dos rivais em combustível para sua ascensão.

Recentemente, uma fala dela sintetizou perfeitamente esse espírito incansável: “Eu trabalho de dia, eu trabalho de noite, eu trabalho com Não tenho preguiça de jeito nenhum e eu vou continuar trabalhando por Vitória da Conquista. E como diz Hermínio, toca para frente que nós vamos trabalhar ainda mais.” Essas palavras não são apenas um discurso bem ensaiado; são a essência de quem Sheila Lemos é. Um trator, como já dissemos, que não para diante de obstáculos e que encara o serviço público como uma missão sagrada. Essa ética de trabalho se reflete nas ruas da cidade, nas políticas implementadas e nos projetos que têm transformado a realidade local.

Sob sua gestão, Vitória da Conquista viu melhorias que vão além da superfície. A modernização da infraestrutura, o fortalecimento dos serviços de saúde e a atenção às demandas educacionais são apenas alguns exemplos de como Lemos traduziu sua energia em resultados concretos. Ela governa com uma visão prática, mas também com sensibilidade às necessidades dos mais vulneráveis, mostrando que é possível aliar força administrativa a um compromisso genuíno com o bem-estar da população. Seus adversários podem ter duvidado de sua capacidade, mas os cidadãos sentem na pele o impacto positivo de sua liderança.

Sheila Lemos é mais do que uma prefeita; é um exemplo vivo de que a dedicação e a resiliência podem mover montanhas. Em um tempo de descrença na política, ela nos lembra que líderes autênticos ainda existem – e que merecem ser valorizados. Sua trajetória desafia a todos nós a repensar nossos preconceitos e a apoiar quem trabalha de verdade por um futuro melhor. Como ela mesma diz, “toca para frente” – e que Vitória da Conquista siga avançando com essa força inabalável no comando.

 

TV Câmara em Vitória da Conquista: Um Passo Rumo à Transparência e Participação Popular

 

 

 

A visita do diretor de comunicação da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, Fábio Sena, à sede da Fundação Paulo Jakson, em Salvador, nesta segunda-feira (25), é um marco nos esforços do legislativo municipal para dar um salto em direção à modernização e à transparência. Acompanhado de Elvio Magalhães, chefe de gabinete do Deputado Fabricio Falcão, Sena realizou uma visita técnica à TV Assembleia com um objetivo claro: pavimentar o caminho para a implantação da TV Câmara, um canal aberto que promete ampliar a interlocução entre o Poder Legislativo e a comunidade regional. Esse movimento, alinhado ao Programa Brasil Digital do Governo Federal, reflete uma tendência crescente de democratização da informação e fortalecimento da participação popular.

A Fundação Paulo Jakson, que opera a TV Assembleia e a Rádio Assembleia, tem se destacado como uma aliada estratégica nesse processo. A Câmara de Vitória da Conquista foi recentemente contemplada no Programa Brasil Digital, iniciativa que visa expandir o sinal digital e fomentar a produção de conteúdo local em mais de uma centena de municípios baianos. Durante a visita, Fábio Sena foi recebido pelo diretor-administrativo Almir Pereira e pelo diretor de programação Bruno Leal, que apresentaram os investimentos públicos responsáveis por levar o sinal da TV ALBA a 132 cidades da Bahia, alcançando canais como 12.2 na região metropolitana, 9.2 no interior e 40.2 em Barreiras. Mais do que uma expansão técnica, o programa carrega uma missão ambiciosa: interiorizar o conteúdo legislativo, aproximando as ações dos deputados e vereadores da população.

Almir Pereira destacou o propósito dessa iniciativa: “O objetivo é interiorizar o conteúdo produzido pela TV ALBA, democratizando informação sobre as ações dos deputados e permitindo que as câmaras também produzam conteúdo local”. Essa visão encontra eco nas palavras do presidente da Câmara, vereador Ivan Cordeiro, que, na última semana, esteve em Brasília, na Rede Legislativa, para reafirmar o compromisso do legislativo local em integrar o programa o mais rápido possível. “Não mediremos esforços para termos mais um instrumento de comunicação, permitindo à nossa população maior acesso à informação sobre o que acontece na Câmara, na assembleia e no Congresso Nacional”, declarou ele. Esse entusiasmo demonstra uma postura proativa, essencial para transformar a TV Câmara em uma realidade concreta.

Fábio Sena, por sua vez, projeta a implantação da TV Câmara ainda em 2025, um prazo ousado que reflete a urgência de conectar os vereadores à comunidade. “O que vimos na TV Assembleia nos permite afirmar que em muito breve teremos o sinal aberto digital. Nossos esforços serão sempre no sentido de produzir conteúdo local, democratizar o acesso ao que os vereadores produzem, reafirmando nossos compromissos com a transparência”, afirmou. A ênfase na produção local é um dos pilares mais promissores desse projeto. Ao criar uma programação que reflita as demandas, a cultura e os debates de Vitória da Conquista, a TV Câmara pode se tornar um canal genuinamente representativo, indo além da mera retransmissão de conteúdos externos.

O Potencial Transformador da TV Câmara

A chegada da TV Câmara em Vitória da Conquista traz consigo um potencial transformador. Em um contexto em que a confiança nas instituições públicas frequentemente é abalada, ferramentas como essa podem reacender o interesse da população pelo processo legislativo. Ao transmitir sessões, debates e decisões dos vereadores em sinal aberto, o canal oferecerá à comunidade a chance de fiscalizar e compreender melhor as ações de seus representantes. Esse acesso irrestrito à informação é um dos alicerces da democracia, pois empodera os cidadãos a cobrar, questionar e, quem sabe, até colaborar com o trabalho legislativo.

Além disso, a produção de conteúdo local abre espaço para a valorização da identidade regional. Questões específicas de Vitória da Conquista e arredores, muitas vezes ignoradas pela grande mídia, poderão ganhar destaque, ampliando a representatividade e dando voz a segmentos historicamente marginalizados. Programas educativos, culturais e informativos podem fortalecer o senso de pertencimento da comunidade, enquanto debates locais estimulam o engajamento cívico. Trata-se de uma oportunidade única para construir uma ponte sólida entre o legislativo e a sociedade.

Os Desafios pela Frente

No entanto, é impossível ignorar os desafios que acompanham essa empreitada. Implantar e manter uma TV aberta exige mais do que boas intenções: demanda investimentos robustos em infraestrutura, equipamentos e treinamento de pessoal. A qualidade do conteúdo será determinante para o sucesso do projeto. Uma grade de programação mal planejada ou pouco atraente corre o risco de não engajar o público, frustrando as expectativas de transparência e participação. Para evitar isso, a Câmara precisará formar uma equipe capacitada e definir uma estratégia clara, que equilibre informação, entretenimento e relevância.

Outro ponto crítico é a sustentabilidade financeira. Dependendo exclusivamente de recursos públicos, a TV Câmara pode enfrentar dificuldades em momentos de crise orçamentária. Será essencial explorar parcerias, como a já sinalizada aproximação com a Fundação Paulo Jakson, ou buscar modelos alternativos de financiamento que garantam a continuidade do canal a longo prazo. Sem um planejamento sólido, o projeto corre o risco de se tornar mais um elefante branco, desperdiçando uma oportunidade valiosa.

Um Futuro de Diálogo e Empoderamento

A implantação da TV Câmara em Vitória da Conquista é, acima de tudo, uma aposta na democracia. Se bem executada, essa iniciativa pode não apenas aproximar o legislativo da população, mas também servir como exemplo para outros municípios brasileiros. O esforço conjunto da Mesa Diretora, liderada por Ivan Cordeiro, e a determinação de Fábio Sena em acelerar o processo mostram que há vontade política para fazer o projeto decolar. Resta agora transformar essa visão em ações concretas, com planejamento rigoroso e compromisso contínuo.

Que a TV Câmara seja mais do que um canal de televisão: que se consolide como um espaço de diálogo, educação e empoderamento. Vitória da Conquista tem a chance de dar um passo histórico rumo à transparência e à participação popular. Cabe aos seus líderes e à própria comunidade garantir que esse passo seja firme, duradouro e transformador.

TV Câmara em Vitória da Conquista: Um Passo Rumo à Transparência e Participação Popular

 

 

 

A visita do diretor de comunicação da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, Fábio Sena, à sede da Fundação Paulo Jakson, em Salvador, nesta segunda-feira (25), é um marco nos esforços do legislativo municipal para dar um salto em direção à modernização e à transparência. Acompanhado de Elvio Magalhães, chefe de gabinete do Deputado Fabricio Falcão, Sena realizou uma visita técnica à TV Assembleia com um objetivo claro: pavimentar o caminho para a implantação da TV Câmara, um canal aberto que promete ampliar a interlocução entre o Poder Legislativo e a comunidade regional. Esse movimento, alinhado ao Programa Brasil Digital do Governo Federal, reflete uma tendência crescente de democratização da informação e fortalecimento da participação popular.

A Fundação Paulo Jakson, que opera a TV Assembleia e a Rádio Assembleia, tem se destacado como uma aliada estratégica nesse processo. A Câmara de Vitória da Conquista foi recentemente contemplada no Programa Brasil Digital, iniciativa que visa expandir o sinal digital e fomentar a produção de conteúdo local em mais de uma centena de municípios baianos. Durante a visita, Fábio Sena foi recebido pelo diretor-administrativo Almir Pereira e pelo diretor de programação Bruno Leal, que apresentaram os investimentos públicos responsáveis por levar o sinal da TV ALBA a 132 cidades da Bahia, alcançando canais como 12.2 na região metropolitana, 9.2 no interior e 40.2 em Barreiras. Mais do que uma expansão técnica, o programa carrega uma missão ambiciosa: interiorizar o conteúdo legislativo, aproximando as ações dos deputados e vereadores da população.

Almir Pereira destacou o propósito dessa iniciativa: “O objetivo é interiorizar o conteúdo produzido pela TV ALBA, democratizando informação sobre as ações dos deputados e permitindo que as câmaras também produzam conteúdo local”. Essa visão encontra eco nas palavras do presidente da Câmara, vereador Ivan Cordeiro, que, na última semana, esteve em Brasília, na Rede Legislativa, para reafirmar o compromisso do legislativo local em integrar o programa o mais rápido possível. “Não mediremos esforços para termos mais um instrumento de comunicação, permitindo à nossa população maior acesso à informação sobre o que acontece na Câmara, na assembleia e no Congresso Nacional”, declarou ele. Esse entusiasmo demonstra uma postura proativa, essencial para transformar a TV Câmara em uma realidade concreta.

Fábio Sena, por sua vez, projeta a implantação da TV Câmara ainda em 2025, um prazo ousado que reflete a urgência de conectar os vereadores à comunidade. “O que vimos na TV Assembleia nos permite afirmar que em muito breve teremos o sinal aberto digital. Nossos esforços serão sempre no sentido de produzir conteúdo local, democratizar o acesso ao que os vereadores produzem, reafirmando nossos compromissos com a transparência”, afirmou. A ênfase na produção local é um dos pilares mais promissores desse projeto. Ao criar uma programação que reflita as demandas, a cultura e os debates de Vitória da Conquista, a TV Câmara pode se tornar um canal genuinamente representativo, indo além da mera retransmissão de conteúdos externos.

O Potencial Transformador da TV Câmara

A chegada da TV Câmara em Vitória da Conquista traz consigo um potencial transformador. Em um contexto em que a confiança nas instituições públicas frequentemente é abalada, ferramentas como essa podem reacender o interesse da população pelo processo legislativo. Ao transmitir sessões, debates e decisões dos vereadores em sinal aberto, o canal oferecerá à comunidade a chance de fiscalizar e compreender melhor as ações de seus representantes. Esse acesso irrestrito à informação é um dos alicerces da democracia, pois empodera os cidadãos a cobrar, questionar e, quem sabe, até colaborar com o trabalho legislativo.

Além disso, a produção de conteúdo local abre espaço para a valorização da identidade regional. Questões específicas de Vitória da Conquista e arredores, muitas vezes ignoradas pela grande mídia, poderão ganhar destaque, ampliando a representatividade e dando voz a segmentos historicamente marginalizados. Programas educativos, culturais e informativos podem fortalecer o senso de pertencimento da comunidade, enquanto debates locais estimulam o engajamento cívico. Trata-se de uma oportunidade única para construir uma ponte sólida entre o legislativo e a sociedade.

Os Desafios pela Frente

No entanto, é impossível ignorar os desafios que acompanham essa empreitada. Implantar e manter uma TV aberta exige mais do que boas intenções: demanda investimentos robustos em infraestrutura, equipamentos e treinamento de pessoal. A qualidade do conteúdo será determinante para o sucesso do projeto. Uma grade de programação mal planejada ou pouco atraente corre o risco de não engajar o público, frustrando as expectativas de transparência e participação. Para evitar isso, a Câmara precisará formar uma equipe capacitada e definir uma estratégia clara, que equilibre informação, entretenimento e relevância.

Outro ponto crítico é a sustentabilidade financeira. Dependendo exclusivamente de recursos públicos, a TV Câmara pode enfrentar dificuldades em momentos de crise orçamentária. Será essencial explorar parcerias, como a já sinalizada aproximação com a Fundação Paulo Jakson, ou buscar modelos alternativos de financiamento que garantam a continuidade do canal a longo prazo. Sem um planejamento sólido, o projeto corre o risco de se tornar mais um elefante branco, desperdiçando uma oportunidade valiosa.

Um Futuro de Diálogo e Empoderamento

A implantação da TV Câmara em Vitória da Conquista é, acima de tudo, uma aposta na democracia. Se bem executada, essa iniciativa pode não apenas aproximar o legislativo da população, mas também servir como exemplo para outros municípios brasileiros. O esforço conjunto da Mesa Diretora, liderada por Ivan Cordeiro, e a determinação de Fábio Sena em acelerar o processo mostram que há vontade política para fazer o projeto decolar. Resta agora transformar essa visão em ações concretas, com planejamento rigoroso e compromisso contínuo.

Que a TV Câmara seja mais do que um canal de televisão: que se consolide como um espaço de diálogo, educação e empoderamento. Vitória da Conquista tem a chance de dar um passo histórico rumo à transparência e à participação popular. Cabe aos seus líderes e à própria comunidade garantir que esse passo seja firme, duradouro e transformador.

Vereadora Márcia Viviane destaca avanços na saúde e cobra apoio ao Hospital Municipal Isaú Matos

 

 

 

 

Na sessão desta semana na Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, a vereadora Márcia Viviane trouxe para debate temas cruciais para a saúde pública do município e do estado. Entre os principais pontos abordados, destacaram-se os investimentos anunciados pelo Governo da Bahia no programa “Mais Saúde para a Bahia” e a necessidade de fortalecimento do Hospital Municipal Isaú Matos.

Segundo a vereadora, o governador Jerônimo Rodrigues anunciou um investimento de R$ 531,5 milhões para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado em 2025. Desse montante, metade será direcionada à atenção primária, ampliando equipes e acesso aos serviços de saúde nos municípios baianos. Além disso, mais de R$ 2,7 bilhões serão aplicados na infraestrutura hospitalar, com expansão de hospitais e policlínicas.

A parlamentar destacou que essa é uma oportunidade para os gestores municipais negociarem pactuações e incluírem o Hospital Municipal Isaú Matos nos planos de fortalecimento da rede pública de saúde. “Não podemos deixar de fora um hospital que é patrimônio do nosso município. Ele já foi referência materno-infantil, com a primeira UTI neonatal municipal do estado da Bahia”, frisou.

Outro ponto relevante abordado por Márcia Viviane foi a aprovação na Assembleia Legislativa da Bahia do Projeto de Lei 23.996/2020, de autoria da deputada Maria Del Carmen (PT). O projeto institui o Programa Estadual de Cuidados para Pessoas com Fibromialgia (PCPF), garantindo atendimento especializado, acesso ampliado a diagnóstico e tratamento, além de reconhecer pessoas com fibromialgia como pessoas com deficiência para todos os efeitos legais.

A vereadora lamentou que Vitória da Conquista tenha perdido a oportunidade de sair à frente na implementação dessa política. Segundo ela, um projeto semelhante foi aprovado na Câmara Municipal, mas acabou vetado pela prefeita Sheila Lemos, sob a justificativa de inconstitucionalidade. “Agora, com a lei estadual sancionada, o município terá que se adequar e implementar essa política, algo que já poderíamos ter feito antes”, afirmou.

Durante sua fala, a vereadora parabenizou a presidente da Associação das Pessoas com Fibromialgia, Maria Aparecida, pela luta em defesa dos direitos dos pacientes e reforçou a importância da mobilização social para avanços em políticas públicas.

Ao final do pronunciamento, Márcia Viviane enfatizou a necessidade de articulação política para garantir avanços no setor de saúde em Vitória da Conquista. Ela propôs um encontro entre vereadores, representantes do estado e a secretária de Saúde Roberta Seriani, para discutir a situação do Hospital Municipal Isaú Matos e viabilizar soluções conjuntas. “Vamos cobrar a execução dessas políticas e buscar melhorar a saúde do nosso povo”, concluiu.

 

Vereadora Márcia Viviane destaca avanços na saúde e cobra apoio ao Hospital Municipal Isaú Matos

 

 

 

 

Na sessão desta semana na Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, a vereadora Márcia Viviane trouxe para debate temas cruciais para a saúde pública do município e do estado. Entre os principais pontos abordados, destacaram-se os investimentos anunciados pelo Governo da Bahia no programa “Mais Saúde para a Bahia” e a necessidade de fortalecimento do Hospital Municipal Isaú Matos.

Segundo a vereadora, o governador Jerônimo Rodrigues anunciou um investimento de R$ 531,5 milhões para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado em 2025. Desse montante, metade será direcionada à atenção primária, ampliando equipes e acesso aos serviços de saúde nos municípios baianos. Além disso, mais de R$ 2,7 bilhões serão aplicados na infraestrutura hospitalar, com expansão de hospitais e policlínicas.

A parlamentar destacou que essa é uma oportunidade para os gestores municipais negociarem pactuações e incluírem o Hospital Municipal Isaú Matos nos planos de fortalecimento da rede pública de saúde. “Não podemos deixar de fora um hospital que é patrimônio do nosso município. Ele já foi referência materno-infantil, com a primeira UTI neonatal municipal do estado da Bahia”, frisou.

Outro ponto relevante abordado por Márcia Viviane foi a aprovação na Assembleia Legislativa da Bahia do Projeto de Lei 23.996/2020, de autoria da deputada Maria Del Carmen (PT). O projeto institui o Programa Estadual de Cuidados para Pessoas com Fibromialgia (PCPF), garantindo atendimento especializado, acesso ampliado a diagnóstico e tratamento, além de reconhecer pessoas com fibromialgia como pessoas com deficiência para todos os efeitos legais.

A vereadora lamentou que Vitória da Conquista tenha perdido a oportunidade de sair à frente na implementação dessa política. Segundo ela, um projeto semelhante foi aprovado na Câmara Municipal, mas acabou vetado pela prefeita Sheila Lemos, sob a justificativa de inconstitucionalidade. “Agora, com a lei estadual sancionada, o município terá que se adequar e implementar essa política, algo que já poderíamos ter feito antes”, afirmou.

Durante sua fala, a vereadora parabenizou a presidente da Associação das Pessoas com Fibromialgia, Maria Aparecida, pela luta em defesa dos direitos dos pacientes e reforçou a importância da mobilização social para avanços em políticas públicas.

Ao final do pronunciamento, Márcia Viviane enfatizou a necessidade de articulação política para garantir avanços no setor de saúde em Vitória da Conquista. Ela propôs um encontro entre vereadores, representantes do estado e a secretária de Saúde Roberta Seriani, para discutir a situação do Hospital Municipal Isaú Matos e viabilizar soluções conjuntas. “Vamos cobrar a execução dessas políticas e buscar melhorar a saúde do nosso povo”, concluiu.