O relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022 é uma bomba que explode na cara da nação. As provas apresentadas pela investigação são contundentes e irrefutáveis: Bolsonaro planejou, articulou e executou um ataque à democracia brasileira, com o apoio de militares de alta patente, políticos aliados e grupos radicais.
O vídeo da reunião secreta realizada em julho de 2022, na qual Bolsonaro coage os ministros e os presentes a aderirem à sua farsa sobre a fraude eleitoral, é o batom na cueca que revela a traição do ex-presidente ao povo e à Constituição. Nesse vídeo, Bolsonaro se mostra como um déspota desesperado, que não aceita a derrota nas urnas e que recorre à violência e à mentira para tentar se manter no poder.
O relatório da Polícia Federal também expõe o papel nefasto dos militares que se envolveram no golpe, que agiram como uma máquina de amplificação de ataques pessoais e de desinformação. Esses militares, que deveriam defender a soberania nacional e a ordem constitucional, se prestaram a servir aos interesses de um líder autoritário e antidemocrático, que os usou como instrumentos de intimidação e de conspiração.
O golpe de Bolsonaro foi um atentado contra a República, contra o Estado Democrático de Direito e contra a vontade popular. Felizmente, ele foi frustrado pela resistência das instituições, da sociedade civil e da maioria das Forças Armadas, que não se deixaram seduzir pelas promessas e pelas ameaças do ex-presidente. Mas isso não significa que o perigo tenha passado. Pelo contrário, o relatório da Polícia Federal mostra que o Brasil ainda precisa se proteger e se fortalecer contra as ameaças golpistas, que podem voltar a surgir a qualquer momento.
Por isso, é fundamental que a Justiça faça o seu papel e puna os responsáveis pelo golpe, que não podem ficar impunes. É fundamental também que a sociedade se mantenha vigilante e mobilizada em defesa da democracia, que não pode ser colocada em risco novamente. E é fundamental que o país aprenda com essa lição e não repita os erros que levaram à ascensão de Bolsonaro, que se revelou como um inimigo da nação.
O batom na cueca do golpe de Bolsonaro é uma mancha que não pode ser apagada da história do Brasil. Mas é também uma oportunidade para que o país se reconstrua sobre bases mais sólidas e mais democráticas, que garantam o respeito à diversidade, aos direitos humanos e à soberania popular. O Brasil merece mais do que um golpista na cueca. O Brasil merece um futuro melhor.