Com a morte do Papa Francisco em 21 de abril de 2025, a Igreja Católica se encontra diante de um momento decisivo. O conclave que se aproxima não é apenas uma eleição papal; é uma encruzilhada histórica que refletirá os rumos traçados por Francisco e as expectativas de um mundo em transformação
A Composição do Colégio Cardinalício
Atualmente, o Colégio de Cardeais conta com 135 eleitores, dos quais 108 foram nomeados por Francisco, representando cerca de 80% do total . Essa maioria significativa indica uma forte influência do pontífice argentino na escolha de seu sucessor.
Durante seu pontificado, Francisco criou 150 cardeais, ampliando a representatividade da Igreja para além da Europa. Hoje, o Colégio inclui cardeais de 90 países, com destaque para a presença de africanos, asiáticos e latino-americanos
A Influência Progressista
É desafiador quantificar exatamente quantos cardeais são considerados “progressistas”, pois as classificações podem variar conforme os critérios utilizados. No entanto, a maioria dos cardeais nomeados por Francisco são vistos como alinhados com sua visão de uma Igreja mais inclusiva e voltada para as periferias. Isso inclui figuras como Matteo Zuppi, Jean-Claude Hollerich e Michael Czerny, que são frequentemente associados a posições mais progressistas dentro da hierarquia eclesiástica.
Desafios e Expectativas
O próximo conclave será significativamente influenciado pelas nomeações de Francisco, refletindo sua ênfase em uma Igreja global e pastoralmente engajada. A escolha do novo papa será um indicativo de como a Igreja pretende navegar pelos desafios contemporâneos, mantendo-se fiel à sua missão espiritual enquanto responde às demandas de um mundo em constante mudança.
Este momento é, portanto, mais do que uma transição de liderança; é uma oportunidade para a Igreja reafirmar seus valores e seu compromisso com uma fé viva e relevante para todos os seus fiéis ao redor do mundo.
