No Brasil, há um preconceito insidioso, muitas vezes não verbalizado, mas amplamente presente: a crença de que o novo, o jovem, é sempre superior ao velho. Em particular, isso se reflete de forma contundente na área da medicina, onde médicos mais velhos, por mais que acumulem décadas de experiência, enfrentam desconfiança e até desprezo. Um exemplo eloquente desse cenário é o Dr. Antonio Sturaro, um gigante da medicina, que, aos 93 anos, segue exercendo sua profissão com uma maestria que apenas o tempo e a prática incessante podem oferecer.
Dr. Sturaro não é apenas um médico, mas um cientista de fato, com uma visão pioneira no campo dos nutracêuticos. Seu conhecimento sobre o silício, nutriente essencial para o corpo humano, é incomparável. Ele defende com paixão a importância desse mineral, que, apesar de fundamental para a saúde humana, foi marginalizado pela indústria farmacêutica em favor de produtos mais lucrativos. A perspicácia de Sturaro nesse campo vai muito além do que os novos médicos ainda podem compreender, não porque lhes falte inteligência, mas porque lhes falta a vivência.
No entanto, o preconceito da idade cega muitos para essa verdade. Há uma noção errônea de que a capacidade mental e a habilidade de praticar medicina diminuem com o tempo. Claro, o envelhecimento traz limitações físicas, mas a experiência e o conhecimento acumulados por médicos como Sturaro não podem ser desconsiderados. Ele é um exemplo vivo de como a medicina é uma prática que se aperfeiçoa ao longo do tempo. A cada paciente, a cada diagnóstico, a cada novo desafio, o médico refina suas habilidades e amplia seu entendimento.
O problema é que vivemos em uma era que valoriza a rapidez e a novidade, muitas vezes em detrimento da sabedoria. Essa cultura descarta com demasiada facilidade aqueles que deveriam ser os mentores e guias das novas gerações. O jovem médico, ainda que altamente capacitado tecnicamente, não tem a bagagem de décadas de prática, nem viveu as inúmeras situações clínicas que um veterano como Dr. Sturaro já enfrentou e solucionou.
Precisamos reconhecer que a medicina não é apenas ciência, é também arte. E como toda arte, ela melhora com o tempo, com a prática e com a experiência. É crucial que o Brasil se liberte dessa mentalidade que desvaloriza os profissionais mais velhos e comece a ver nesses homens e mulheres não um símbolo de obsolescência, mas de sabedoria incomparável.
Dr. Sturaro continua sendo uma figura lúcida e brilhante, e qualquer preconceito contra sua idade não é apenas uma ofensa a ele, mas uma perda irreparável para a própria sociedade, que se nega a aprender com a sua sabedoria. Ele é um exemplo de como a medicina pode e deve ser vista: como um campo onde o tempo aprimora, e não limita. Que saibamos aprender com esses mestres enquanto eles ainda estão entre nós.