Sob os olhos atentos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR), o campo de Vitória da Conquista se agita. Com um plano ousado e de alcance inédito, a cidade pode estar no limiar de uma transformação estrutural na forma como lida com suas associações e produtores rurais. O projeto é ambicioso: regularizar dezenas de associações, resgatar entidades adormecidas e promover uma nova geração de cooperativas agrícolas que tornem o município referência na Bahia.
A reunião estratégica desta semana, comandada pelo secretário Breno Pereira Farias e articulada com Arlindo Rebouças e Rildo Querino, mostrou que o momento não é de promessas vagas. O plano está sendo executado. Com 83 associações ativas e 48 inativas, a SMDR vai atrás de cada uma, oferecendo apoio técnico, jurídico e contábil — ferramentas muitas vezes ausentes na vida de quem vive do que planta.
Mas não é só regularizar. É transformar. Com um diagnóstico profundo da produção local e reuniões comunitárias previstas, a proposta visa reanimar as bases da agricultura familiar e colocar o pequeno produtor como protagonista do desenvolvimento econômico.
“É preciso escutar quem planta para saber onde colher”, disse Rildo Querino. E essa talvez seja a frase que resuma a nova postura do governo municipal.
A pergunta que fica é: será que Vitória da Conquista vai mesmo virar a capital das cooperativas do interior baiano? Se o ritmo continuar como está, o futuro pode surpreender até os mais céticos.