A tragédia ocorrida na noite de domingo (15) na BR-030, em Guanambi, mais uma vez coloca em evidência a urgência de medidas para garantir a segurança nas rodovias brasileiras. O acidente que vitimou fatalmente o motorista Norivaldo de Souza Rodrigues e o mecânico Genilson Magalhães Gonçalves, na temida “Curva da Morte”, é um triste lembrete de que a vida humana continua sendo sacrificada em nome da negligência e da inércia.
A BR-030, como tantas outras rodovias do país, apresenta inúmeras falhas estruturais e de sinalização, transformando-a em uma verdadeira armadilha para motoristas e passageiros. A “Curva da Morte”, em particular, é um ponto crítico que já ceifou inúmeras vidas ao longo dos anos. A repetição de acidentes nesse local demonstra a ineficácia das medidas adotadas até o momento e a falta de comprometimento das autoridades responsáveis.
É preciso ir além das meras condolências às famílias enlutadas e das promessas de investigação. É fundamental que sejam tomadas medidas concretas e eficazes para evitar que novas tragédias ocorram. A sinalização da rodovia precisa ser revisada e adequada, as curvas precisam ser sinalizadas de forma clara e objetiva, e a fiscalização do tráfego precisa ser intensificada. Além disso, é preciso investir em obras de engenharia para tornar a rodovia mais segura, como a construção de barreiras de proteção e a ampliação das pistas.
A responsabilidade pela segurança nas rodovias é compartilhada por diversos atores. As concessionárias responsáveis pela manutenção das rodovias precisam ser responsabilizadas por qualquer falha que contribua para a ocorrência de acidentes. As autoridades de trânsito precisam fiscalizar rigorosamente o cumprimento das normas de segurança e aplicar as penalidades cabíveis aos infratores. E a sociedade como um todo precisa cobrar das autoridades soluções efetivas para o problema da violência no trânsito.
A morte de Norivaldo e Genilson é uma perda irreparável para suas famílias e para a comunidade. Que suas vidas sirvam de alerta para que possamos, finalmente, construir um país com rodovias seguras e livres de tragédias. É hora de transformar a dor em ação e exigir das autoridades o compromisso com a vida.