Na noite deste domingo (7), um ônibus da Prefeitura Municipal de Jequié, responsável pelo transporte de pacientes do programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD) para Salvador, envolveu-se em um grave acidente na BR-116, na Reta da Coalhada, município de Jaguaquara (BA). O incidente, que mobilizou autoridades e causou pânico entre os passageiros, levanta sérias questões sobre a segurança e a manutenção dos veículos utilizados no transporte público de saúde.
O veículo, que transportava 23 pacientes, foi atingido na traseira por um caminhão, o que fez com que colidisse lateralmente com um ônibus da empresa Guanabara. A colisão resultou em ferimentos para 16 passageiros, que foram rapidamente encaminhados ao Hospital Geral Prado Valadares para avaliação e atendimento médico. Felizmente, não houve vítimas fatais, e os sete pacientes restantes puderam seguir para os atendimentos previamente agendados, pois não sofreram ferimentos.
A Polícia Rodoviária Federal esteve presente no local, e a rodovia ficou interditada por cerca de duas horas, até ser liberada. O impacto do acidente e a subsequente mobilização destacam a vulnerabilidade dos passageiros e a importância de uma manutenção rigorosa dos veículos.
Este não é um caso isolado. Em fevereiro deste ano, outro ônibus do TFD de Jequié envolveu-se em um acidente semelhante. Na ocasião, um micro-ônibus que fazia o transporte de pacientes entre Jequié e Salvador colidiu com um buraco na BR-324, entre Salvador e Feira de Santana, causando danos mecânicos significativos. Embora, felizmente, ninguém tenha ficado ferido, o incidente levantou preocupações sobre a infraestrutura rodoviária e a adequação dos veículos utilizados.
A repetição desses acidentes em um curto espaço de tempo levanta uma questão crucial: estamos lidando com meras fatalidades ou há uma negligência sistemática na manutenção e gestão dos veículos de transporte público de saúde?
A população de Jequié, especialmente os pacientes dependentes do TFD, merece uma resposta clara e ações concretas que garantam sua segurança. A administração municipal deve ser transparente sobre as medidas tomadas para evitar novos incidentes e assegurar que os veículos em uso estejam em perfeitas condições de operação.
A recorrência de acidentes envolvendo ônibus da prefeitura aponta para a necessidade urgente de revisão das políticas de manutenção e um investimento robusto em segurança viária. Somente assim, poderemos evitar que essas tragédias se repitam e garantir que o direito à saúde seja exercido sem riscos adicionais aos cidadãos.