No próximo domingo, 19 de novembro, os argentinos vão às urnas para escolher o seu próximo presidente. A disputa está acirrada entre dois candidatos: Sergio Massa, da coalizão Frente Renovadora, e Javier Milei, do partido La Libertad Avanza. Ambos representam visões opostas sobre o futuro da Argentina e da América do Sul.
Massa é um político experiente, que já foi chefe de gabinete, deputado e prefeito. Ele defende um projeto de desenvolvimento nacional, com ênfase na recuperação econômica, na inclusão social, na integração regional e na cooperação internacional. Ele tem o apoio de vários setores da sociedade, como sindicatos, empresários, movimentos sociais e partidos de centro-esquerda.
Milei é um economista liberal, que se tornou famoso por suas declarações polêmicas e agressivas. Ele propõe um modelo de liberalização radical, com redução do Estado, privatização de empresas públicas, abertura comercial e financeira e corte de gastos sociais. Ele tem o respaldo de grupos de direita, como ruralistas, banqueiros, militares e religiosos.
A escolha entre Massa e Milei não afeta apenas a Argentina, mas também o Brasil e toda a região. Os dois países são os maiores parceiros comerciais e estratégicos da América do Sul, e têm uma longa história de cooperação e integração. Por isso, é importante que os brasileiros acompanhem e se informem sobre o processo eleitoral argentino, e torçam pela democracia e pelo progresso.
Nós, do Política e Resenha, não escondemos nossa preferência pela candidatura de Massa, principalmente quando ele enfrenta um opositor de extrema-direita, comparado a Bolsonaro e com propostas contrárias ao que pensamos e ao que o governo Lula defende para os países da América do Sul.
Além disso, Lula foi criticado diversas vezes por Milei (assim como outras autoridades, como o Papa Francisco), chamado de “casta vermelha” e corrupto.
No último debate, no domingo (12), Milei chegou a menosprezar o contato com o presidente brasileiro se for eleito: “Se o governo de Alberto Fernández não falava com Bolsonaro, não há problema se não falo com Lula”. No mesmo dia, Massa reforçou sua intenção de manter forte o comércio externo com o Brasil.
Ainda bem que do lado de cá da fronteira existe uma autoridade sensata e com juízo. Lula afirmou, sem citar nominalmente os candidatos, que a Argentina precisa de um presidente que “goste de democracia”. E ele está certo. Eu diria mais, com lucidez também.
Temos que entender que o Brasil precisa da Argentina e que a Argentina precisa do Brasil, dos empregos que o Brasil gera na Argentina e dos empregos que a Argentina gera no Brasil, do fluxo comercial entre os dois países e do quanto nós podemos crescer juntos.
Por isso, esperamos que os argentinos façam a escolha certa e elejam Massa como seu próximo presidente. Ele é a melhor opção para a Argentina e para o Brasil, para a democracia e para a integração, para a paz e para o desenvolvimento. Ele é o candidato que pode garantir uma relação fraterna e produtiva entre os dois países, e que pode contribuir para a construção de uma América do Sul mais justa, soberana e solidária.