A Bahia foi surpreendida com a confirmação do primeiro óbito por Febre Oropouche, uma doença até então desconhecida pela maioria da população. A vítima, uma jovem de 24 anos residente em Valença, faleceu em março, mas só agora os exames confirmaram a causa da morte. Este caso alarmante levanta questões urgentes sobre a propagação e o impacto desta doença viral no estado.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) também revelou que uma segunda morte suspeita, de um paciente de 21 anos de Camamu, está sob investigação. Ambas as vítimas eram jovens e saudáveis, sem comorbidades, o que chama ainda mais atenção para a gravidade da situação, conforme destacou o infectologista Antônio Bandeira.
Desde o início do ano, a Bahia já registrou 691 casos de Febre Oropouche em 48 cidades, com os primeiros casos surgindo em Laje e Valença. A doença é transmitida principalmente por mosquitos e seus sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, incluindo dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, náusea e diarreia.
Não existe tratamento específico para a Febre Oropouche, o que aumenta a preocupação entre os profissionais de saúde e a população. O Ministério da Saúde recomenda repouso e tratamento sintomático, com acompanhamento médico constante.
A confirmação dessas mortes e o crescente número de casos destacam a necessidade urgente de medidas preventivas e de conscientização da população sobre a doença. O surto de Febre Oropouche é um alerta vermelho que não pode ser ignorado.